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Serra quer empréstimo para construir mergulhão

Serra quer empréstimo para construir mergulhão

Prefeitura quer construir mergulhão na rotatória do Dório Silva. Valor deve substituir outros R$ 130 milhões negociados com a Caixa

Publicado em 23 de junho de 2018 às 00:52

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Vista aérea da rotatória em frente ao Hospital Dório Silva, na Serra. (Fernando Madeira)

Depois da aprovação conturbada, e até agora questionada, na Câmara da Serra, de um empréstimo de R$ 230 milhões com a Caixa, o prefeito Audifax Barcelos (Rede) agora quer outra operação de crédito, de R$ 130 milhões, com o Banco do Brasil. O objetivo é manter o mesmo montante total, de R$ 230 milhões, mas sendo R$ 100 milhões da Caixa e R$ 130 milhões do Banco do Brasil. Para permitir a mudança, o Poder Executivo pediu a revogação da Lei Municipal nº 4.682/2017.

O projeto chegou ao Legislativo no último dia 19, com pedido para votação em regime de urgência. O coordenador de Governo da Serra, Jolhiomar Massariol, diz que a nova operação dará agilidade à liberação da verba.

"Os primeiros R$ 100 milhões já foram liberados pela Caixa, mas ela não deu sinalização de prazo para os outros R$ 130 milhões. Então decidimos fazer esse empréstimo com o Banco do Brasil, que já deu essa sinalização. Aprovando a lei, a aprovação pelo banco deve ser imediata. E a Caixa ia demorar mais. Vai ser uma substituição, a gente não está ampliando nada", afirma o coordenador.

Questionado sobre a necessidade e viabilidade da operação, Massariol respondeu: "A prefeitura só pode pegar esse financiamento pelo conceito A na Secretaria do Tesouro Nacional, que verifica a situação das contas dos municípios. Temos condições de endividamento e de pagamento".

O dinheiro do Banco do Brasil deve ser utilizado para obras de infraestrutura no município, entre elas a da "rotatória do O". "Na rotatória do O, que fica em Laranjeiras, perto do Hospital Dório Silva, vai haver obra de intervenção viária para o transporte coletivo. Ela liga os dois maiores terminais da Serra: Laranjeiras e Jacaraípe. A gente vai fazer um mergulhão. Vai ter um declive ali de sete metros e o transporte coletivo e o transporte pesado vão ter a oportunidade de sair na Avenida Talma Rodrigues ou seguir reto para a Avenida Copacabana, em Morada de Laranjeiras", conta Massariol. Somente essa obra deve consumir R$ 60 milhões.

Outros exemplos de ações a serem contempladas com o empréstimo são a mão dupla na Avenida Norte-Sul em Jardim Limoeiro, que deve custar de R$ 15 milhões a R$ 20 milhões, e a urbanização das orlas de Carapebus e Bicanga, que devem sair por R$ 10 milhões. O restante da verba caberá a outras obras viárias. Todas ainda precisam ser licitadas.

Se o objetivo da substituição de parte do empréstimo com a Caixa pela operação com o Banco do Brasil é obter mais agilidade na liberação da cifra, o tempo do Legislativo também precisa contar a favor. A votação do empréstimo anterior ocorreu no último dia 17, fora da Câmara, e contou apenas com 12 dos 23 vereadores.

CLIMA NA CÂMARA

Líder do prefeito na Câmara, Luiz Carlos Moreira (MDB) diz que, desta vez, o clima deve ser diferente. "É entregar na mão do Senhor. Passada a eleição da Mesa Diretora, as coisas vão se tranquilizando. O Rodrigo (Caldeira, presidente da Casa e que derrotou o grupo de aliados de Audifax na eleição) é muito sensato. Não vai criar problema", diz Moreira.

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Integrante da oposição, o vereador Nacib Haddad (PDT), diz que "não vê dificuldade" para a aprovação. "Ficou de segunda-feira fazermos uma reunião para ver se (o projeto) tem a documentação necessária e vamos dar olhada", comentou.

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