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Vereador de Jaguaré é afastado por exigir dinheiro de servidora

Vereador de Jaguaré é afastado por exigir dinheiro de servidora

De acordo com a denúncia, ele teria pedido R$ 10 mil para nomeá-la no cargo de assessora parlamentar

Publicado em 13 de junho de 2018 às 00:22

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Câmara Municipal de Jaguaré. (Câmara Municipal de Jaguaré)

A Justiça determinou cautelarmente o afastamento do vereador de Jaguaré Jorge Magalhães (MDB), conhecido como Gigante Guerreiro, após ter decidido aceitar a denúncia oferecida pelo Ministério Público pelo cometimento do crime de corrupção passiva. Ele deixou o cargo desde o último dia 4.

De acordo com a denúncia, em 2017 o vereador teria exigido R$ 10 mil para nomear uma mulher como assessora parlamentar. Ele teria solicitado que ela fizesse um empréstimo consignado em nome da assessora, pois ele estaria em situação financeira difícil, e o pagamento seria feito em 45 parcelas de R$ 365,98. Ainda segundo o Ministério Público, Jorge ocultou a origem ilícita de R$ 6 mil daquele montante, celebrando um contrato de aluguel de um imóvel em Linhares, para seus filhos.

Na decisão, o juiz Leandro da Silveira concordou com a suspensão do exercício do mandato, considerando que houve a confissão do réu de ter recebido a quantia de R$ 6 mil decorrente de empréstimo que foi realizado por sua assessora parlamentar, logo após ela ter sido nomeada, e o repasse de tal quantia a uma terceira pessoa, o proprietário do imóvel.

"Há indícios suficientes da autoria imputada na denúncia. Ademais, há justo receio de que a função pública possa vir a ser novamente utilizada para reiteração de infrações penais", fundamentou o magistrado.

O presidente da Câmara de Jaguaré, João Vanes dos Santos (SDD), afirmou que a Casa não irá tomar nenhuma medida interna para apurar o fato, e que acredita na inocência do vereador. "Ele está sendo injustiçado. Pegou o empréstimo, mas quitou. Ela emprestou por livre e espontânea vontade, e depois participou dessa armação. Vamos aguardar os recursos, pois ele tem direito à ampla defesa e ao contraditório", disse.

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O vereador Jorge Magalhães também negou as acusações. "O empréstimo foi feito pois eu estava precisando do dinheiro para pagar o aluguel dos meus filhos. Fui pagando mensalmente, e acertei tudo quando veio a colheita do café. Fizeram essa manobra para me prejudicar, mas acredito na Justiça, vou provar a verdade. Tenho gravações", alegou.

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