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Polícia Federal vai investigar novas ameaças ao juiz Sérgio Moro

Polícia Federal vai investigar novas ameaças ao juiz Sérgio Moro

Episódios mais recentes ocorreram após embate jurídico em torno de liberdade do ex-presidente Lula

Publicado em 10 de julho de 2018 às 17:41

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O juiz federal Sérgio Moro participa da palestra Democracia, Corrupção e Justiça: diálogos para um país melhor, no Centro Universitário de Brasília (UniCEUB), campus Asa Norte. (Reprodução|Agência Brasil)

Após o embate jurídico em torno de um pedido de liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Polícia Federal (PF) vai investigar novas ameaças contra o juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato. A apuração se dará em inquérito antigo, que já estava em andamento.

No último domingo (8), o desembargador plantonista do TRF-4 Rogério Favreto determinou a soltura de Lula. Moro foi contra e, pouco depois, o relator do caso no TRF-4, desembargador João Pedro Gebran Neto, determinou a continuidade da prisão. Mas Favreto deu nova decisão pela liberdade. Em seguida, a pedido do Ministério Público Federal (MPF), o presidente do TRF-4, desembargador Thompson Flores, determinou que valeria a decisão de Gebran, e não a de Favreto.

Em sua conta no Twitter, o juiz federal Marcelo Bretas, responsável pelos desdobramentos da Lava Jato no Rio de Janeiro, publicou na última segunda-feira (9) um print com oito postagens de internautas dizendo que seria preciso matar Moro. "O que dizer sobre essas mensagens abaixo? A Justiça Brasileira não pode ser usada como instrumento de disputas políticas. Ao contrário, deve ser incondicionalmente RESPEITADA", escreveu Bretas.

Em nota publicada nesta terça-feira (10), sem citar nenhum nome em específico, a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), defendeu "a necessidade de respeito à independência judicial dos magistrados que atuam em processos que envolvem ações de combate à corrupção".

"É inadmissível que Magistrados, no exercício das funções constitucionais, sejam alvos de ataques pessoais, provenientes de figuras públicas ou de dirigentes de partidos políticos. Atitudes como essa, refletem uma visão autoritária e atentam contra o Estado Democrático de Direito", diz a nota, assinada pelo presidente da entidade, Fernando Mendes.

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Em outro trecho, a Ajufe destacou que não há razão para "se estranhar decisões que condenem e prendam pessoas consideradas culpadas, após o devido processo legal, independentemente do poder ou condição econômica e social". Isso é uma "obrigação imposta pelo princípio da igualdade de todos perante a lei".

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