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Após férias, Moro retoma interrogatórios da Lava Jato nesta sexta

Após férias, Moro retoma interrogatórios da Lava Jato nesta sexta

Operação tem sete processos aguardando setença e outros 16 em andamento

Publicado em 1 de agosto de 2018 às 14:08

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O juiz federal Sérgio Moro participa de apresentação de um conjunto de medidas contra a impunidade e pela efetividade da Justiça, na sede Associação dos Juízes Federais do Brasil (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil). (Fabio Rodrigues Pozzebom | Agência Brasil)

Com 16 processos da Lava Jato ainda em andamento e outros sete prontos aguardando apenas uma sentença, o juiz Sérgio Moro retoma nesta sexta-feira interrogatórios da operação. Entre os réus que devem ser ouvidos pelo juiz nos próximos dias estão pessoas já condenadas pelo magistrado nos últimos anos, como o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e o ex-diretor da Petrobras Renato Duque.

Em uma das sete ações que esperam julgamento, André Luis Paula dos Santos aguarda sentença desde outubro de 2015. Apontado como responsável por transportar dinheiro em espécie a mando de Carlos Habib Chater, dono do Posto da Torre, em Brasília, que deu origem à Lava Jato, André recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF) para derrubar medidas cautelares impostas a ele, devido à demora no julgamento.

Por determinação de Moro, Santos pagou fiança de R$ 150 mil, não pode mudar de endereço sem autorização e está proibido de fazer contados com Chater. As liminares foram negadas nas instâncias superiores. Ao justificar o atraso, Moro informou ao STF que se esforçará para julgar a ação de André ainda este ano, mas que dá preferência aos processos que envolvem crimes mais graves ou que têm acusados presos.

Também aguarda sentença, desde março de 2017, o caso que envolve o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e sua família. O Ministério Público Federal (MPF) pediu suspensão dos benefícios do delator e considerou que ele e sua família mentiram sobre a retirada de documentos e valores do escritório dele durante ação da Polícia Federal (PF). Um terceiro caso pronto para ser julgado envolve Vaccari, acusado de receber propina do grupo Setal por meio de doação oficial ao PT.

As outras quatro ações que estão prontas para sentença de Moro esgotaram as fases processuais recentemente, entre janeiro e junho deste ano.

Na sexta-feira, Moro retoma os interrogatórios de algumas das 16 ações que ainda estão em andamento. Serão interrogados Eduardo Musa, ex-gerente da Sete Brasil; Renato Duque, ex-diretor da Petrobras; e Guilherme Esteves de Jesus, representante do estaleiro Jurong, além do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. Duque, Musa e Vaccari são acusados de receber propina do estaleiro, que foi paga por Esteves de Jesus.

Em setembro, voltarão a depor ao juiz na condição de réus o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-deputado Eduardo Cunha. Lula será ouvido dia 11 no caso do sítio de Atibaia. Já Cunha prestará depoimento no dia 14, no caso que envolve a ex-prefeita Solange Almeida e propinas pagas pelo operador Júlio Camargo.

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