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Irmão de Beto Richa usou R$ 500 mil de propinas para comprar terreno

Irmão de Beto Richa usou R$ 500 mil de propinas para comprar terreno

Pepe Richa foi investigado, no início do mês, na Operação Radiopatrulha, do Ministério Público do Paraná

Publicado em 26 de setembro de 2018 às 13:09

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Beto Richa foi prefeito de Curitiba e governador do Paraná. (Reprodução/Twitter)

A Operação Lava Jato afirma que o ex-secretário do Paraná Pepe Richa, irmão do ex-governador Beto Richa (PSDB), usou R$ 500 mil dE propina para a aquisição de um terreno em Balneário Camboriú (SC). Segundo o Ministério Público Federal, a escritura foi subfaturada e a diferença paga em espécie “por fora”.

“A utilização de dinheiro em espécie para pagar por imóveis que são registrados por um valor inferior ao negociado configura uma forma clássica de lavagem de dinheiro utilizando o mercado imobiliário, e já foi vista inclusive em outros casos na Operação Lava Jato”, aponta o procurador da República Diogo Castor de Mattos.

Pepe Richa foi preso, no dia 11 de setembro, da Operação Radiopatrulha, que apura desvios no Programa Patrulhas do Campo, do Ministério Público do Paraná. O irmão de Beto Richa foi solto em 14 de setembro por ordem do ministro Gilmar Mendes, do Supremo.

A Lava Jato abriu nesta quarta-feira, 26, sua fase 55. A investigação mira casos de corrupção ligados aos procedimentos de concessão de rodovias federais no Estado do Paraná que fazem parte do chamado Anel da Integração.

Policiais federais, auditores da Receita Federal e Membros do Ministério Público Federal participam da ação realizada simultaneamente nos estados do Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo. Aproximadamente 400 servidores públicos participam das ações de hoje. Estão sendo cumpridos 73 mandados de busca e apreensão, 3 mandados de prisão preventiva e 16 mandados de prisão temporária.

A partir da deflagração da primeira fase da Operação Integração, com o avanço das investigação, a análise de todas as provas reunidas, os dados reunidos e acordos de colaboração premiada firmados por alguns investigados foi possível identificar a existências de núcleos específicos e organizados que atuavam de forma criminosa para explorar e obter benefícios indevidos a partir dos contratos de concessão de rodovias federais no Paraná.

Os investigados responderão pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, fraude a licitações, lavagem de dinheiro e associação criminosa, dentre outros.

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Todos os presos serão conduzidos à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba/PR onde permanecerão à disposição do Juízo da 23ª Vara Federal de Curitiba/PR.

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