> >
Haddad usa encontro com evangélicos para tentar rebater 'fake news'

Haddad usa encontro com evangélicos para tentar rebater "fake news"

Petista disse que não cabe ao Presidente levar ao Congresso temas como aborto e legalização das drogas

Publicado em 17 de outubro de 2018 às 17:43

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
O candidato à presidência da República, Fernando Haddad, fala com a imprensa antes da reunião com a Executiva Nacional do PT, no Hotel Nobile Suítes Congonhas. (Rovena Rosa | Agência Brasil)

O candidato do Partido aos Trabalhadores (PT) à Presidência da República, Fernando Haddad , usou um encontro com lideranças evangélicas nesta quarta-feira (17) em São Paulo, para rebater acusações feitas contra ele por Jair Bolsonaro (PSL) e os apoiadores. Ao lado da mulher, Ana Estela , o petista disse que foi criado pelos pais dentro dos preceitos cristãos e, depois de adulto, "abraçou o cristianismo".

A avaliação da campanha é a de que "fake news" propagadas nas redes sociais por Jair Bolsonaro (PSL), como a que vincula o presidenciável do PT com a distribuição do "kit gay" nas escolas, criaram uma rejeição entre os evangélicos. Pastores que discursaram no evento criticaram a propagação de mentiras por lideranças religiosas contra Haddad. De acordo com pesquisa do Ibope divulgada na segunda-feira (15), Jair Bolsonaro (PSL) tem 74% dos votos válidos entre os evangélicos contra 26% de Haddad. No computo geral da população, a vantagem do candidato do PSL é de 61% a 39%.

"Nós nos reunimos para deixar claro que os evangélicos trabalham com a verdade e, quando a mentira vem à tona, não representa mais a fé evangélica", afirmou o pastor Ariovaldo Ramos, da Frente Evangélica pelo Estado de Direito, organizador do ato.

Participaram do encontro, realizado em um hotel de São Paulo, cerca de 200 pastores. Do grupo, faziam parte representantes das igrejas Metodista, Luterana, Batista, Anglicana, Assembleia de Deus e Presbiteriana. Os pastores foram chamados para gravar vídeos de apoio ao petista.

Durante o evento, houve oração pela vitória do candidato e uma apresentação de uma dupla de música religiosa. O petista citou o avô paterno, Cury Habib Haddad, que era padre da Igreja Ortodoxa no Líbano.

"Foi uma opção minha permanecer na tradição cristã por acreditar que ela é aderente aos valores que eu acredito. E nunca usei isso porque não gosto de falar de vida privada porque dá a impressão que você está usando", disse.

Em discurso, Haddad se queixou da "onda difamatória" e disse que não faz nenhuma "concessão" ao firmar a posição de que não irá apresentar projeto de legalização de aborto.

"Vim aqui assumir determinados compromissos", declarou, citando compromissos com os mais pobres e com a liberdade religiosa: "O Estado não pode ser propriedade de uma religião".

Este vídeo pode te interessar

Como terceiro compromisso, o candidato do PT disse que não cabe ao presidente levar temas como aborto e legalização das drogas ao Congresso. O chefe de Executivo tem, na visão de Haddad, que saber "respeitar os valores das pessoas".

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais