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Líder do governo diz que veto do ICMS deve ser apreciado até quarta

Líder do governo diz que veto do ICMS deve ser apreciado até quarta

Governador Paulo Hartung vetou, nesta segunda-feira (22), a redução do imposto sobre energia elétrica.

Publicado em 22 de outubro de 2018 às 22:37

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(Assembleia)

O líder do governo do Estado na Assembleia Legislativa do Espírito Santo, Marcelo Santos (PDT), disse que o veto à proposta de redução da alíquota de ICMS sobre a energia elétrica deve ser apreciado até a próxima quarta-feira (24).

Nesta segunda-feira (22), o governador Paulo Hartung (MDB) vetou o projeto de lei aprovado pela Casa, que reduziria a alíquota de 25% para 17%.

O anúncio foi feito após o governador eleito, Renato Casagrande (PSB), enviar uma carta pedindo a Hartung que vetasse o projeto. Casagrande teme um impacto de R$ 500 milhões na arrecadação do Estado, caso o projeto fosse sancionado. Para o eleito, a medida colocaria em risco investimentos prioritários.

POSICIONAMENTO

O presidente da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, Erick Musso (PP), disse na tarde desta segunda que, assim que o Projeto de Lei com o veto voltasse para a Casa, seria colocado em pauta para votação. Mas que não iria fazer outros comentários sobre o assunto.

O autor do projeto, o deputado Bruno Lamas (PSB), foi procurado pelo Gazeta Online para comentar o veto à sua proposta, mas a assessoria explicou que ele não falará sobre o assunto enquanto o veto não chegar na Casa.

Já o líder do governo Paulo Hartung, Marcelo Santos, afirmou que vai conversar com todos os colegas a respeito da pauta, mas concorda que este não é o momento para reduzir a alíquota.

"Por mais que tenha sido vetada, nada impede que em um futuro não tão distante, quando a economia do país voltar a crescer, voltarmos com essa discussão. Mas esse não é o momento, causaremos prejuízo, com reflexos na receita do Estado e dos municípios”, pontuou.

Para Marcelo, ainda não há garantia de que a economia volte a crescer pelos próximos 12 meses. "Tenho todo o respeito ao autor da matéria [o deputado Bruno Lamas], mas o momento que estamos, você tem que apresentar uma fonte que compense o prejuízo que cai no colo do Estado. E isso ainda não temos", completou.

O veto precisa agora passar novamente pelos deputados estaduais, que podem derrubar ou manter a decisão do governador Paulo Hartung.

VETO

O procurador-geral do Estado, Alexandre Nogueira Alves, disse que o governo estadual se "sensibilizou" com o pedido, que "vai ao encontro das práticas do governador".

"É tradição do governador Paulo Hartung deixar contas organizadas para as gestões posteriores. Nós (da Procuradoria-Geral do Estado) indicamos o parecer para vetar o projeto, já que, se aprovado, geraria um grave problema para as prefeituras. Teríamos um desequilíbrio orçamentário gigantesco", afirmou.

PROJETO

O projeto, de autoria do deputado estadual Bruno Lamas (PSB), foi aprovado em regime de urgência e por unanimidade em plenário na sessão do dia 25 de setembro, durante o período eleitoral. No entanto, chegou para a apreciação do governador somente na semana passada, segundo parlamentares.

Nos bastidores, deputados comentaram que a apresentação e aprovação deste projeto por Lamas teria ocorrido sem dialogar com Casagrande, que é do mesmo partido do deputado.

No período em que a matéria foi votada, o socialista já era considerado o favorito para vencer as eleições ao governo do Estado. Logo, a gestão dele seria impactada com a mudança na tributação. Isso teria causado um mal-estar no próprio grupo socialista.

Na última sexta-feira (19), Lamas disse, em entrevista para A GAZETA, que não teve desentendimento com Casagrande, mas que irá votar e defender a derrubada do veto.

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(Com informações de Caíque Verli e Rafael Silva)

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