A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira, 31, a Operação Tritão, em parceria com a Controladoria Geral da União, o Tribunal de Contas da União, a Receita Federal e o Ministério Público Federal. O alvo são fraudes em licitações da Companhia Docas do Estado de São Paulo CODESP.
Em nota, a PF informou que os investigados, dentre eles o presidente José Alex Oliva, atuavam em processos licitatórios das áreas de tecnologia da informação, dragagem e consultoria.
Um total de 100 policiais federais, 8 auditores da CGU e 12 servidores da Receita Federal cumprem 7 mandados de prisão temporária e 21 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Santos, Guarujá, São Caetano do Sul, Barueri, Rio de Janeiro/RJ, Fortaleza/CE e Brasília/DF, todos expedidos pela 5ª Vara da Justiça Federal de Santos.
As suspeitas de irregularidades surgiram com um vídeo postado na internet no mês de setembro de 2016, no qual Carlos Antonio de Souza, o Carlinhos, ex-assessor do presidente da CODESP confessava a prática de diversos delitos ocorridos no âmbito daquela empresa. O inquérito teve início em novembro de 2017 após informação sobre o conteúdo do vídeo ser enviada pelo Ministério Público Federal à PF, para que fosse feita uma investigação policial a partir dos fatos que ele narra.
Os autos apontam irregularidades em vários contratos, que seriam realizadas por meio de fraudes envolvendo agentes públicos ligados à estatal e empresários. Dentre as irregularidades, destacam-se contratações antieconômicas e direcionadas, aquisições desnecessárias e ações adotadas para simular a realização de serviços.
Os contratos sob investigação perfazem um total de mais de R$ 37 milhões.
Os investigados responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de associação criminosa, fraude a licitações, peculato, corrupção ativa e passiva, com penas de 1 a 12 anos de prisão.
O nome da operação policial remete a Tritão, na mitologia grega, conhecido como o rei dos mares.
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