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Codesa entra na mesa de negociação em 2019 com o governo federal

Codesa entra na mesa de negociação em 2019 com o governo federal

Casagrande levou a proposta de estadualização da Companhia Docas do Espírito Santo para a primeira reunião com Bolsonaro

Publicado em 15 de novembro de 2018 às 01:19

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O governador eleito, Renato Casagrande (PSB) participou do Fórum de Governadores, em Brasília. (Divulgação/Assessoria)

A proposta de estadualização da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), defendida pelo governador eleito Renato Casagrande (PSB), vai ser levada à mesa de negociação do governo federal já nos primeiros meses de 2019.

A conversa sobre a empresa pública federal que administra o Porto de Vitória foi iniciada por Casagrande durante o encontro do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) com 20 governadores, realizado em Brasília, ontem. Também participaram os futuros ministros da Economia, Paulo Guedes; da Casa Civil, Onyx Lorenzoni; e do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno.

Neste primeiro contato, que teve uma pauta mais ampla, segundo Casagrande, foi possível encaminhar o assunto em uma conversa particular com Guedes, que indicou ao socialista o caminho a ser seguido.

"Ele recomendou que eu provoque o governo a partir de janeiro para que a gente possa discutir juntos o melhor caminho. Afirmou que quer fazer um amplo programa de privatização. Então vamos fazer esse debate", disse o futuro governador do Espírito Santo.

No encontro, que foi uma iniciativa dos governadores eleitos de São Paulo, João Doria (PSDB); Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC); e Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB); o presidente eleito recebeu uma carta elaborada pelos governadores com demandas dos Estados ao governo federal.

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Foi uma primeira reunião, mais superficial, com resultado produtivo, e importante para o entrosamento

Renato Casagrande (PSB), governador eleito
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PLEITOS

No início, todos os presentes fizeram uma breve fala para apresentar as demandas de seus Estados. Bolsonaro chegou na última fala, e discursou em seguida. Em sua fala, além da transferência da gestão portuária para o Estado, Casagrande abordou questões que envolvem a área de segurança pública. Ele fez um pedido de maior ajuda da União na gestão do sistema prisional, de parcerias com o governo federal para o controle da entrada de armas e drogas nas fronteiras e divisas, e sobre a importância das audiências de custódia, como um instrumento para dar mais agilidade nos julgamentos.

"O pedido fundamental, que também constou na carta dos governadores, foi da descentralização de competências e decisões, para que os governadores tenham mais independência para investirem recursos já orçados para áreas como saúde, educação, infraestrutura, na linha do que o presidente defende, de mais Brasil e menos Brasília", declarou Casagrande.

O socialista enfatizou com os demais colegas a importância de definição de uma agenda, visto que o Congresso Nacional passou por uma grande renovação, e há uma pulverização de partidos, para que não se leve a pauta para o varejo.

Quanto às demandas apresentadas, Bolsonaro prometeu estudá-las. "Faremos todo o possível para atendê-los, independente da coloração político partidária", afirmou.

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Podem confiar em mim. Faremos todo o possível para atendê-los, independente da coloração político partidária

Jair Bolsonaro (PSL), presidente eleito
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O governador eleito, Renato Casagrande (PSB), e o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), no Fórum de Governadores, em Brasília. (Divulgação/Assessoria)

Embora o PSB, partido de Casagrande, tenha anunciado "oposição a Bolsonaro, mas sem inviabilizar o governo", o governador eleito relatou que no contato com o capitão ele foi acolhedor e simpático.

"Já o conhecia do Congresso, tive convivência. A relação institucional será muito boa. Ele não tem dificuldade, e nem eu."

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Os governadores devem voltar a se reunir em Brasília no dia 12 de dezembro. Para essa próxima reunião, serão convidados o juiz Sérgio Moro, indicado para ocupar o Ministério da Justiça, e os presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli; do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha; do Tribunal de Contas da União (TCU), Raimundo Carreiro.

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