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Disputa pelo comando da Câmara de Guarapari termina na delegacia

Disputa pelo comando da Câmara de Guarapari termina na delegacia

Atual presidente tentou adiar a eleição marcada para hoje e houve confusão. A polícia foi chamada e um chaveiro teve que abrir o plenário

Publicado em 30 de novembro de 2018 às 23:41

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Vereadores de Guarapari elegeram a nova Mesa Diretora da Câmara. (Divulgação/Vereador Ênis)

Portas trancadas, polícia acionada e um chaveiro para abrir o plenário foram necessários para que a eleição da Mesa Diretora da Câmara de Guarapari pudesse ser realizada, nesta sexta-feira (30). Com 11 dos 17 presentes, a chapa encabeçada pelo vereador Ênis Gordim (PRB) na presidência foi eleita para comandar o Legislativo pelo próximo biênio.

A confusão teve pano de fundo a esperada reeleição do atual presidente, Wendel Lima (PTB), que não se concretizou. Inicialmente, a eleição da Mesa estava marcada para o dia 20 de dezembro. Após um consenso dos vereadores, que sinalizaram que já tinham em quem votar, Wendel a antecipou para 30 de novembro. O petebista é aliado de primeira hora do prefeito, Edson Magalhães (PSD).


No entanto, no final do expediente de quinta-feira (29), Ênis e seu grupo protocolaram o registro de sua chapa, com 5 membros. Nesta sexta, quando chegaram para a sessão, antes das 10 horas, encontraram a Polícia Militar no local, segundo Ênis. "O presidente publicou um edital informando que a eleição estava transferida para dezembro, alegando ter uma reunião inadiável com o prefeito. Mas isso fere o Regimento Interno, pois ele precisaria ser publicado com 24 horas de antecedência para ter validade", explicou.

"O diretor-geral da Câmara também tentou nos impedir de entrar, afirmando que estava cumprindo ordens superiores, e também não deixou os funcionários atuarem na sessão. Mas havia 11 presentes – o quórum para abrir a sessão é 9 –, e um representante legal, que era o segundo vice-presidente Thiago Paterlini (MDB). Então ele autorizou nossa entrada. Chamamos um chaveiro para abrir a porta, e iniciamos a sessão", disse Ênis.

Confusão na Câmara de Guarapari. (Divulgação/Vereador Ênis)

A chapa "Parlamento forte" foi eleita com 11 votos favoráveis. Nela, Thiago Paterlini é o vice-presidente; Lennon Monjardim (Podemos) é o 2º vice-presidente; Oziel de Sousa (PSC) é o o 1º secretário; e Marcos Grijó (PDT) o 2º secretário. O presidente eleito para o Legislativo municipal disse ter uma boa relação com o prefeito da cidade, e não se coloca como oposição.

Além de Wendel Lima, os vereadores Dito Xaréu (SDD), Kamilla Rocha (DEM), Rosângela Loyola (PDT), Sandro Bigossi (PDT) e Zé Preto (Podemos) não compareceram à sessão.

Wendel foi procurado, mas não atendeu as ligações da reportagem.

Após o transtorno, o vereador Ênis registrou um boletim de ocorrência.

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"O vereador Wendel tentou aplicar um golpe no Parlamento. Como não se elegeu deputado estadual, decidiu tentar se reeleger na presidência, mas nós também já estávamos nos articulando. Diante disso, usou vários artifícios para impugnar a eleição. Feriu o regimento interno e a Lei Orgânica", afirmou.

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