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Dono de carro de som contesta gastos de Magno Malta

Dono de carro de som contesta gastos de Magno Malta

Vendedor de Vila Valério disse estar "indignado" por uso de seu nome nos registros ao TSE

Publicado em 11 de novembro de 2018 às 02:00

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O senador Magno Malta (PR-ES), em pronunciamento no plenário do Senado. (Jefferson Rudy/Agência Senado)

O senador Magno Malta (PR-ES) declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter pago R$ 120 mil pelo aluguel de um trio elétrico registrado em nome de um morador de Vila Valério, no Espírito Santo. A despesa seria um simples gasto de campanha, não fosse o valor elevado e pelo fato de o dono do carro, o vendedor Cleomar Marcelo Santana, conhecido como Mazinho, ter negado a realização de serviço para a campanha de Magno, segundo revela reportagem especial de Patrick Camporez e Natalia Portinari para o jornal “O Globo”.

Ao ser informado sobre o valor da despesa declarada ao TSE, Mazinho ficou surpreso e se disse “indignado” por seu nome ter sido “usado” sem seu conhecimento na prestação de contas, segundo “O Globo”. “Cento e vinte mil é o preço do meu carro de som”, afirmou.

SERVIÇO

Por meio de assessoria, Magno disse que pagou pelo serviço e usou o trio elétrico em diversas cidades do interior. Ao confirmar os dados no sistema do TSE, Mazinho disse que o carro de som, apesar de estar em seu nome, era usado na cidade pelo vereador Ricélio Linhares (SD). O parlamentar admitiu ter feito campanha para Malta na cidade, segundo a reportagem.

A campanha durou 45 dias. Em Vila Valério, o carro de som de Mazinho costuma ser alugado em eventos por valores entre R$ 800 e R$ 1 mil, segundo a reportagem. Mesmo se tivesse sido alugado durante toda a campanha, o aluguel não teria chegado perto dos R$ 120 mil, pois implicariam em gasto diário de R$ 2,6 mil.

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Procurado, o vereador Ricélio Linhares disse que costuma prestar serviços para uma empresa de eventos, a Multishow Produções e Eventos Ltda. A empresa respondeu por meio do funcionário Jayme Miranda. Ele afirmou ter intermediado a negociação entre Magno e os donos do carro. Disse ainda que o serviço foi prestado, mas não enviou comprovantes.

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