O senador Magno Malta (PR-ES) declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter pago R$ 120 mil pelo aluguel de um trio elétrico registrado em nome de um morador de Vila Valério, no Espírito Santo. A despesa seria um simples gasto de campanha, não fosse o valor elevado e pelo fato de o dono do carro, o vendedor Cleomar Marcelo Santana, conhecido como Mazinho, ter negado a realização de serviço para a campanha de Magno, segundo revela reportagem especial de Patrick Camporez e Natalia Portinari para o jornal O Globo.
Ao ser informado sobre o valor da despesa declarada ao TSE, Mazinho ficou surpreso e se disse indignado por seu nome ter sido usado sem seu conhecimento na prestação de contas, segundo O Globo. Cento e vinte mil é o preço do meu carro de som, afirmou.
SERVIÇO
Por meio de assessoria, Magno disse que pagou pelo serviço e usou o trio elétrico em diversas cidades do interior. Ao confirmar os dados no sistema do TSE, Mazinho disse que o carro de som, apesar de estar em seu nome, era usado na cidade pelo vereador Ricélio Linhares (SD). O parlamentar admitiu ter feito campanha para Malta na cidade, segundo a reportagem.
A campanha durou 45 dias. Em Vila Valério, o carro de som de Mazinho costuma ser alugado em eventos por valores entre R$ 800 e R$ 1 mil, segundo a reportagem. Mesmo se tivesse sido alugado durante toda a campanha, o aluguel não teria chegado perto dos R$ 120 mil, pois implicariam em gasto diário de R$ 2,6 mil.
Procurado, o vereador Ricélio Linhares disse que costuma prestar serviços para uma empresa de eventos, a Multishow Produções e Eventos Ltda. A empresa respondeu por meio do funcionário Jayme Miranda. Ele afirmou ter intermediado a negociação entre Magno e os donos do carro. Disse ainda que o serviço foi prestado, mas não enviou comprovantes.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta