O clima é de confiança e otimismo entre o setor produtivo. Mas para que esse clima se consolide em um crescimento econômico consistente e duradouro, empresários capixabas defendem uma agenda liberal, que priorize as reformas, acelere privatizações e desburocratize processos.
Nesta sexta-feira (23), na abertura do 13º Encontro de Lideranças, em Pedra Azul, o diretor-geral da Rede Gazeta, Café Lindenberg, falou da consolidação do evento como um momento anual de reflexão e de pensamento sobre o futuro país.
"Esse evento sempre é muito importante na direção de debater os rumos do Brasil. E nesse momento atual ainda mais, com essa transformação que estamos vivendo de troca de comando, e, agora, de direcionamento. Estamos com boas expectativas, vamos torcer para que elas se concretizem e que tenhamos uma economia e dias melhores", afirmou.
O presidente do Grupo Cepemar, Nelson Saldanha, frisou que essa confiança é comprovada pelos investimentos que, aos poucos, estão sendo retomados no país. Apesar das boas projeções, ele frisou a necessidade da adoção de uma política econômica pelo novo governo que consolide essa agenda.
"A reforma da Previdência, que está na pauta, é o sinal mais forte que o Brasil precisa para demonstrar sua força. Além disso, temos vários outras agendas que passam pelo equilíbrio das contas públicas", disse.
Para o diretor administrativo-financeiro da Unimed Vitória, Fernando Ronchi, a política econômica mais liberal que deve ser adotada no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), e que passa pelas privatizações, proporcionará maior empregabilidade. "O novo governo tem dado sinais na escolha dos ministros de um menor controle do Estado através de privatizações e redução de encargos trabalhistas."
Para além dos problemas macroeconômicas, o diretor institucional do Grupo Água Branca, Luiz Wagner Chieppe, pontuou a necessidade de projetos para o desenvolvimento do Espírito Santo. "O Brasil tem grandes chances de um bom crescimento em 2019 e 2020, e o Estado tem que aproveitar as oportunidades", falou.
Já o presidente do Sistema Findes, Léo de Castro, avalia que é preciso muito mais do que apenas um discurso. "Estamos otimistas com 2019, mas não é um otimismo certeiro porque precisa virar prática esse discurso. É preciso fazer reformas e depois criar um ambiente melhor para se investir no país."
O QUE DIZEM OS EMPRESÁRIOS
"O Brasil está dando uma guinada para uma direita mais conservadora, e a expectativa de investimentos é boa" - Nelson Saldanha, presidente do Grupo Cepemar
"A expectativa é que haja melhora e que a economia cresça. Vislumbramos menor carga tributária e mais investimentos" - Fernando Ronchi, diretor da Unimed Vitória
"Teremos política que vai ajudar a economia a crescer, ao contrário do que tínhamos, que desestimulava investimentos" - Léo de Castro, presidente do Sistema Findes
"Bastante otimistas, temos projetos de investimento. Estamos em um momento de olhar o lado bom" - Cezar Augusto Roncetti, diretor do grupo OK
"Se o futuro governo fizer a reforma da Previdência, já fará um grande bem. Se fizer a reforma tributária, será muito importante" - Carlos Lira Aguiar, conselheiro da Fibria
"Começamos a ver um país com uma pauta nova, principalmente de incentivo ao empreendedor" - Claudio Sipolatti, presidente do Sindilojistas de Vitória
"O Brasil está em uma ociosidade, com espaço para crescer. A equipe econômica montada já é uma sinalização positiva" - Luiz Wagner Chieppe, diretor do Grupo Águia Branca
"Estamos num momento oportuno. As expectativas para o próximo ano são boas para os cenários estadual e nacional" - Geraldo Lorencini, superintendente Regional da Caixa
"O que o Brasil precisa buscar e o novo governo já está sinalizando que vai trabalhar para isso é o equilíbrio fiscal" - Idalberto Luiz Moro, presidente do Sincades
"A expectativa do setor cooperativista é boa. Precisamos de uma reforma tributária e complementar a reforma trabalhista" - Carlos André Santos de Oliveira, superintendente do OCB/ES
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