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Líderes dizem que extinção do Trabalho é retorno ao Brasil de 1920

Líderes dizem que extinção do Trabalho é retorno ao Brasil de 1920

Em nota de repúdio à proposta de Bolsonaro, procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Curado Fleury, e quatro instituições do Judiciário, Ministério Público e Advocacia repudiam medida que pode unificar Ministério da área à Indústria e Comércio

Publicado em 10 de novembro de 2018 às 14:06

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Ministério do Trabalho. (Reprodução)

Líderes do Ministério Público do Trabalho e mais quatro instituições trabalhistas divulgaram nota pública nesta sexta, 9, de repúdio ao projeto de extinção do Ministério do Trabalho. Na última quarta (7), o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) confirmou que a área trabalhista deve perder o status de ministério e ser incorporada a outra pasta.

No documento, as organizações do setor afirmam que ‘a proposta de fusão da pasta com o Ministério da Indústria e Comércio sinaliza negativamente para um retorno do Brasil à década de 1920’. A equipe de Bolsonaro ainda não confirmou se a pasta do Trabalho será realmente incorporada à Indústria e Comércio.

O texto aborda ainda a história de alterações da pasta trabalhista ao longo de seus 88 anos, destacando que, em nenhum momento, ‘nem mesmo nos lapsos de intervenção autoritária’, o Ministério perdeu seu status de centralidade e de gestor das relações entre capital e trabalho no País.

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Sob o comando do Ministério do Trabalho, o Brasil modernizou e equilibrou as relações de trabalho em sua transição de uma economia eminentemente agrícola para a industrial, possibilitando o desenvolvimento econômico conjugado com estratégias de proteção física e mental dos trabalhadores, tudo em consonância com os princípios e diretrizes da Constituição de 1988

Nota pública
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A nota pública é assinada pelo procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Curado Fleury, e os líderes de outras quatro instituições: o Colégio de Presidentes e Corregedores dos Tribunais Regionais do Trabalho (Coleprecor), a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), a Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT) e a Associação Brasileira dos Advogados Trabalhistas (Abrat).

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Na terça-feira (6), o próprio Ministério do Trabalho já se havia posicionado contra a proposta do governo Bolsonaro. Em nota, o órgão declarou que ‘recebeu profundas melhorias nos últimos meses’ e ‘é seguramente capaz de coordenar as forças produtivas no melhor caminho a ser trilhado pela nação brasileira’.

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