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Ministro diz que não há risco de suspender pagamentos de Bolsa Família

Ministro diz que não há risco de suspender pagamentos de Bolsa Família

Segundo Esteves Colnago, não há corte de tais despesas no Orçamento da União

Publicado em 14 de novembro de 2018 às 13:39

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O ministro do Planejamento, Esteves Colnago, em audiência na Câmara dos Deputados . (Ailton de Freitas / Agência O Globo/06-06-2018)

Em audiência púbica no Congresso Nacional realizada nessa terça-feira, dia 13, o ministro do Planejamento, Esteves Colnago, garantiu para 2019 os pagamentos do Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada (BPC/Loas) — concedido a idosos acima de 65 anos e pessoas com deficiência que ganham até 25% do salário mínimo por pessoa da família (R$ 238,50). Segundo ele, "não há corte dessas despesas" no Orçamento da União.

A audiência ocorreu na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO), para esclarecer dúvidas de deputados e senadores sobre o Orçamento do ano que vem. Os parlamentares cobraram do ministro a liberação de R$ 45 bilhões destinados à área de Assistência Social, que podem ser bloqueados no Orçamento de 2019. Segundo Colnago, no entanto, não há riscos à continuidade dos programas sociais.

O ministro explicou que o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2019 prevê o cumprimento da "regra de ouro". Por conta disso, pode haver o possível bloqueio de recursos, já que governo federal não pode se endividar para pagar despesas correntes (como salários do funcionalismo e gastos com água, luz e telefone). A ideia, com essa restrição, é manter o controle das contas públicas.

De acordo com Colnago, se for necessário liberar um crédito suplementar para o Bolsa Família e o BPC/Loas, será preciso haver autorização do Congresso (para realizar gastos maiores do que as receitas), já com a garantias de que o dinheiro extra será destinado a essas despesas específicas. Mas, na opinião dele, a verba estará garantida, pois nenhum parlamentar se manifestará contra os programas sociais.

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O Bolsa Família é um programa de sucesso. Não há restrição de qualquer parlamentar quanto ao Bolsa Família. Nenhum parlamentar é contra o Bolsa Família e não se posicionaria contra um crédito para atender o programa”, disse ele durante a audiência

Esteves Colnago, ministro do Planejamento
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A senadora Fátima Bezerra (PT-RN) criticou a inclusão das despesas com Bolsa Família e BPC/Loas na “regra de ouro”, o que resultou em “um corte brutal” de recursos:

— Estamos falando de vidas humanas. Isso pode colocar em risco mais de sete milhões de famílias que poderão ficar sem o Bolsa Família. Mais de 2,3 milhões de pessoas com necessidades especiais e idosos sem o BPC.

De qualquer forma, acrescentou o ministro, o Orçamento para 2019 já contempla verbas para o pagamento dessas despesas sociais durante o primeiro semestre. Com isso, explicou Colnago, haveria tempo suficiente para aprovar e liberar recursos extras somente para a segunda metade do ano que vem.

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No Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) enviado ao Congresso Nacional para 2019, o Planalto incluiu na “regra de ouro” as seguintes despesas: Previdência Social (R$ 201,7 bilhões), BPC/Loas (R$ 30 bilhões), Bolsa Família (R$ 15 bilhões) e outras rubricas (R$ 11,4 bilhões). De acordo com o ministro do Planejamento, esses recursos garantem os pagamentos “até junho ou julho do próximo ano”.

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