O desembargador federal Thompson Flores, presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, o tribunal de segunda instância da Lava Jato, assinou nesta sexta-feira (16), a exoneração do juiz federal Sérgio Moro. O magistrado deixará a toga a partir da próxima segunda-feira (19), para assumir o superministério de Justiça e Segurança Pública do governo Jair Bolsonaro.
No documento apresentado ao tribunal, Moro relata que aceitou para assumir o ministério a partir de janeiro do ano que vem e ressalta sobre as críticas de sua participação na transição enquanto ainda permanecia oficialmente como juiz federal.
Houve quem reclamasse que eu, mesmo em férias, afastado da jurisdição e sem assumir cargo executivo, não poderia sequer participar do planejamento de ações do futuro governo, afirmou.
Segundo Moro, a decisão de permanecer na magistratura até a posse seria para dar cobertura previdenciária aos seus familiares em caso de algum infortúnio. No entanto, o juiz afirma que decidiu se exonerar para não dar azo a controvérsias artificiais.
Assim, venho, mais uma vez registrando meu pesar por deixar a magistratura, requerer a minha exoneração do honroso cargo de juiz federal da Justiça Federal da 4ª Região, com efeitos a partir de 19/11/2018, para que eu possa então assumir de imediato um cargo executivo na equipe de transição da Presidência da República e sucessivamente ao cargo de Ministro da Justiça e da Segurança Pública, declarou Moro.
Destaco meu orgulho pessoal de ter exercido durante 22 anos o cargo de juiz federal e de ter integrado os quadros da Justiça Federal brasileira, verdadeira instituição republicana, finalizou Sergio Moro.
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