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'Não é o momento', diz Bolsonaro sobre reajuste a ministros do STF

"Não é o momento", diz Bolsonaro sobre reajuste a ministros do STF

Senado pautou para esta quarta-feira (07) a votação do aumento no salário dos ministros do Supremo, o que gera efeito cascata em todo o funcionalismo público

Publicado em 7 de novembro de 2018 às 14:52

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O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), criticou, em entrevista na manhã desta quarta-feira (07), a iniciativa do Senado de pautar a votação do reajuste nos salários de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e para o procurador-geral da República, o que pode provocar um efeito cascata no contracheque do funcionalismo público.

"Obviamente que não é o momento. O que está em jogo é o futuro do Brasil. Vejo com preocupação. Estamos todos no mesmo barco", disse Bolsonaro, ao deixar reunião com o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Nivaldo Rossato.

Jair Bolsonaro durante entrevista à TV Globo. (Reprodução/TV Globo)

Caso aprovado o reajuste, a remuneração sobe de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil. O aumento no salário dos ministros e da procuradora-geral têm repercussão na categoria e provoca reajustes entre magistrados e também no Ministério Público Federal. Como o vencimento dos ministros do STF serve como teto para o funcionalismo federal, o aumento também afeta o Poder Executivo.

As duas propostas são de 2015 e estavam na gaveta da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) desde 2016. Nesta terça-feira (06), os senadores aprovaram requerimento de urgência para apreciá-las em plenário.

Os textos já foram aprovados na Câmara e, depois de aprovados na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, ficaram paradas na CAE. O relator das duas matérias no colegiado, senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), deu parecer contrário a elas. Sem votação na CAE, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), pautou nesta terça a urgência para o plenário.

Em seu relatório na CAE, Ferraço destacou que o reajuste no subsídio dos ministros do Supremo "resultará em um impacto bilionário nas contas públicas da União, dos Estados e dos municípios".

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"A partir da sua aprovação, abre-se a porta para que sejam reajustados todos os demais salários no setor público, inclusive os salários de deputados e senadores, o que sabemos, historicamente acontece em um segundo momento", ressaltou o senador.

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