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Prefeito do RS convida médico cubano para ser secretário de Saúde

Prefeito do RS convida médico cubano para ser secretário de Saúde

Carlos Catto (PDT) apresentou propsta logo após Cuba anunciar que deixaria o Mais Médicos

Publicado em 18 de novembro de 2018 às 21:06

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Richel Collazo trabalha em Chapada há quatro anos. (Reprodução/Redes Sociais)

O prefeito da cidade de Chapada, no Rio Grande do Sul, Carlos Alzenir Catto (PDT) , convidou o médico cubano Richel Collazo, que atua pelo programa Mais Médicos na cidade, para assumir o cargo de secretário municipal de Saúde. O convite foi feito após o Ministério de Saúde Pública de Cuba anunciar na última quarta-feira a decisão de deixar o Programa Mais Médicos , justificando que o presidente eleito, Jair Bolsonaro, fez "referências diretas, depreciativas e ameaçadoras" ao trabalho dos médicos do país caribenho.

O comunicado feito na página oficial da Prefeitura informa que o pedido foi feito "acreditando na capacidade e no profissionalismo já demonstrado pelo médico em nosso município". Collazo trabalha em Chapada há quatro anos faz parte de uma equipe de apenas três médicos que atuam na cidade. Em entrevista à "Rádio Gaúcha", Catto disse que o convite foi feito oficialmente na quarta-feira, quando se encontrou com o médico cubano após o expediente.

— Ele foi muito bem aceito na cidade, tem competência e não falta no serviço. Nós aprovamos o serviço dele e a população também. O doutor ficou satisfeito após o convite e estamos torcendo para ele assumir — afirmou.

Caso Collazo aceite assimir a pasta, seria necessário modificar a Lei o Orgânica do Município, que não prevê que estrangeiros tenham cargos no governo. Segundo o prefeito, com a resposta positiva do médico, ele acredita que não enfrentaria impasse na Câmara para aprovar a proposta. Atualmente a titular na Saúde é a vereadora Loiva Mirna Gauer, que já havia decidido retornar Câmara Municipal no fim do ano.

Em outubro, a Prefeitura de Chapada abriu um edital com o objetivo de contratar três médicos especializados em saúde da família para trabalharem em regime de 40h semanais e com o salário de pouco mais de R$ 11 mil, o mesmo do prefeito, mas nenhum profissional se inscreveu no programa. Ao"G1", o prefeito disse que este é apenas um dos exemplos da dificuldade que pequenos municípios têm na contratação de médicos:

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— Não veio se inscrever ninguém. E olha que é uma cidade bonita, não tem barro quando chove, as ruas são asfaltadas... Imagina no interior do Brasil, no Nordeste, ou mesmo aqui no interior do Rio Grande do Sul.

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