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Projeto de revisão da Lei Geral de Telecomunicações segue para plenário

Projeto de revisão da Lei Geral de Telecomunicações segue para plenário

Comissão de Ciência da casa legislativa aprovou nesta quarta-feira o texto do PLC 79/2016

Publicado em 8 de novembro de 2018 às 15:55

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Plenário da Câmara. (Wilson Dias/Agência Brasil)

A Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado aprovou nesta quarta-feira, 7, o novo marco regulatório do setor de telecomunicações. O projeto de lei foi aprovado por 7 votos a 3 e segue agora para o plenário do Senado.

O relatório do Projeto de Lei da Câmara 79/2016 foi apresentado pelo senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), com poucas alterações e apenas ajustes de redação do texto aprovado pelos deputados. O relatório havia sido lido na semana passada.

O projeto de lei atualiza a Lei Geral de Telecomunicações (LGT) e permite que as empresas que fornecem serviços de telefonia fixa migrem do regime de concessões para o de autorizações, em que há preços livres, já praticado nos serviços de telefonia celular, TV por assinatura e internet.

Atualmente, Oi, Vivo e Embratel (Claro) operam sob o regime de concessões, em que há definição de tarifas e obrigações de investimentos em universalização do serviços através de orelhões. As empresas que aceitarem migrar poderão ficar com os bens reversíveis das concessões, estimados em cerca de R$ 20 bilhões, mas, em troca, deverão realizar investimentos de mesmo valor na expansão das redes de banda larga.

Em 2015, a Câmara aprovou o projeto de lei, relatado pelo deputado Daniel Vilela (MDB-GO). Na época, ele tramitou de forma expressa em uma comissão do Senado, sem passar pelo Plenário, e foi enviado à sanção presidencial pelo então presidente da Casa, Renan Calheiros (MDB-RN), em 2016.

Senadores da oposição recorreram ao Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou o retorno do projeto à Casa. Passados quase dois anos, apenas agora a proposta foi aprovada.

Na semana passada, o senador Humberto Costa (PT-PE) havia pedido vista na comissão. Ele apresentou um voto em separado, propondo um outro cálculo para o valor dos bens reversíveis da concessão, que incluísse todos os ativos usados vinculados à concessão, e não apenas os usados para o serviço de telefonia fixa.

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O relatório aprovado também permite a renovação ilimitada de licenças de frequências e posições orbitais e o uso dos recursos recolhidos em fundos setoriais para banda larga. Hoje, o uso do dinheiro está restrito à telefonia fixa e orelhões, mas tem sido usado para reduzir o déficit primário.

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