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'Quem escolhe ministério é o presidente', diz Magno Malta

"Quem escolhe ministério é o presidente", diz Magno Malta

Não reeleito, senador republicano está cada vez mais longe do primeiro escalão do governo Jair Bolsonaro. Nesta quarta-feira, Osmar Terra foi confirmado para a pasta da Cidadania

Publicado em 28 de novembro de 2018 às 23:21

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Magno Malta durante a campanha eleitoral em palestra na Findes. (Alexandre Mendonça/UCI/FINDES)

Cada vez mais distante de um ministério no governo Jair Bolsonaro (PSL), após a confirmação de Osmar Terra (MDB-RS) para a pasta da Cidadania, o senador Magno Malta (PR) contemporizou: "Quem escolhe ministério é o presidente, que tem meu apoio. Desejo boa sorte para o ministro Osmar Terra e para o novo governo".  

Magno apoiou, dentro e fora do Espírito Santo, a campanha de Bolsonaro à Presidência da República e começou a corrida eleitoral como um dos favoritos para permanecer no Senado, mas acabou rejeitado pelas urnas.  "Eu tenho certeza que participei de uma luta grandiosa para libertar o Brasil do viés ideológico. Meu ideal era mudar a política no país e foi a vitória mais importante", disse ainda o senador, por meio de sua assessoria de imprensa, nesta quarta-feira (28).

"Viés ideológico" é um termo curioso utilizado por Magno que, num passado não muito distante, esteve ao lado dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff (PT). 

Em agosto, ainda antes, portanto, das eleições deste ano, o republicano disse à coluna Vitor Vogas que poderia ser ministro da Defesa, das Relações Exteriores ou da Segurança Pública num eventual governo Bolsonaro. As três cadeiras já têm nomes anunciados pelo presidente eleito. Isso depois de o senador ter sido cotado para ser vice-presidente na chapa e declinado do convite.

O Ministério da Cidadania e Ação Social, a ser criado, deve englobar Ministérios do Esporte, da Cultura e do Desenvolvimento Social e seria uma possibilidade para Magno Malta ou para um indicado pela bancada evangélica, que chegou a elaborar uma espécie de "lista tríplice", integrada por Marco Feliciano (Podemos-SP). Mas o posto acabou mesmo com Osmar Terra, ex-ministro de Desenvolvimento Social do governo Temer.

Após a eleição, no início deste mês, Magno chegou a afirmar ao jornal "O Globo" que seria ministro. "Ele (Bolsonaro) vai anunciar", garantiu. Tal insistência em cobrar uma certa "fatura" pelo esforço eleitoral pró-Bolsonaro seria uma dos fatores de resistência ao nome do senador entre pessoas próximas ao presidente eleito. A Revista Crusoé registrou que há até uma preocupação com o fato de o republicano poder vir a ser alvo de investigações no futuro.

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Um aliado de Bolsonaro disse à reportagem que, a esta altura, é improvável que Magno tenha um lugar na Esplanada dos Ministérios. Já um espaço no segundo escalão não está descartado. Outro aliado de Bolsonaro no Espírito Santo, o deputado federal Carlos Manato (PSL), que disputou, sem sucesso, o governo do Estado, pode ser abrigado na subsecretaria da Casa Civil.

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