A defesa do policial militar Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), pediu o adiamento do seu depoimento no Ministério Público do Rio previsto para ocorrer nesta quarta-feira (19).
De acordo com a Promotoria, Queiroz teve uma "inesperada crise de saúde". Segundo a versão, o policial militar estava em "atendimento médico de urgência, acompanhado de sua família".
A defesa também pediu acesso à íntegra da investigação. Uma nova oitiva foi marcada para sexta (21) às 14h.
Queiroz era aguardado para esclarecer a movimentação de R$ 1,2 milhão em sua conta bancária entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, considerada atípica pelo Coaf (Conselho de Controle das Atividades Financeiras).
O Ministério Público do Rio de Janeiro investiga 21 deputados e seus assessores citados no relatório um deles, mencionado por equívoco do Coaf. A investigação está a cargo do Gaocrim (Grupo de Atribuição Originária Criminal) da Procuradoria-Geral de Justiça.
A investigação sobre Flávio Bolsonaro irá para um promotor de primeira instância após a posse em fevereiro, já que o ato sob investigação foi praticado antes de tomar posse como senador.
Nesta terça (18), Flávio afirmou, ao ser questionado pela imprensa, que seu ex-assessor é quem deve explicações. "Não sou eu. A movimentação atípica é na conta dele. No meu gabinete todo mundo trabalha", disse ele, antes da cerimônia de diplomação dos candidatos eleitos no Rio.
O relatório do Coaf aponta uma sincronia de datas entre as datas de pagamentos de salários na Assembleia Legislativa do Rio, depósitos em espécie e saques de dinheiro vivo na conta de Queiroz.
A suspeita é de que o policial militar fosse o responsável por recolher parte dos salários de assessores do gabinete do deputado estadual prática de alguns membros do Legislativo. Flávio nega a hipótese.
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