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Bandes pode deixar de ser banco em 2019

Bandes pode deixar de ser banco em 2019

Casagrande afirmou que estrutura atual será reformulada

Publicado em 5 de dezembro de 2018 às 11:26

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Sede do Bandes, em Vitória: membros do conselho do banco recebem jetons para participar de reuniões. (Cloves Louzada)

Criado há mais de 50 anos para financiar e fomentar o crescimento de negócios, o Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) tem ainda destino incerto no governo de Renato Casagrande (PSB). O governador eleito defende que a instituição passe por uma profunda reestruturação a partir do próximo ano e não descarta a possibilidade de extingui-lo, transformando-o, por exemplo, em uma agência. De acordo com o socialista, a palavra final sobre o assunto será dada por um estudo detalhado, que será iniciado a partir de janeiro.

O anúncio foi feito na tarde desta terça (05), quando Casagrande divulgou mais cinco novos nomes estratégicos de sua equipe, incluindo os presidentes do Bandes, do Banestes e da Cesan, além do secretário estadual de Cultura e do Comandante-geral do Corpo de Bombeiros.

Outra possibilidade, segundo o governador, seria dar fim à Aderes - Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo. A justificativa é que tanto o Bandes quanto a Aderes vêm desempenhando atividades muito semelhantes. “É preciso responder: é necessário ter essas duas estruturas?”, questionou Casagrande, que defende a captação de mais clientes e a redução de custos de ambas as instituições. Uma equipe de “racionalização de estruturas” será montada em sua gestão, informou ele.

Escolhido para liderar o processo de mudanças, o economista Angelo Batista – que já foi presidente de outras empresas, incluindo a Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) – ressaltou a importância do Bandes para o desempenho econômico do Estado ao longo das últimas décadas, mas reforçou que para o futuro o desafio é descobrir quais setores deverão ser prioritários para o desenvolvimento. Por isso, estruturas também deverão ser adaptadas.

“Não há mais espaço para a ineficiência, o desperdício. Temos que fazer sempre mais com menos, fazer com que a instituição pública cumpra seu papel, que é prestar o serviço que a população quer”, pontuou.

CAIS DAS ARTES

Finalizar as obras do Cais das Artes, iniciadas em 2010, está entre as metas de Casagrande na área da Cultura. No entanto, o governador não garante que será possível concluir os trabalhos em quatro anos e, por isso, evitou falar em prazos.

Ainda assim, o socialista garante que um modelo de gestão para o Cais será pensado de antemão e que o Banestes estará à frente do processo. “Se a gente conseguir concluir o Cais das Artes no nosso governo, vamos ter um modelo de gestão em que o Banestes terá a marca do banco lá. Ele se associará a qualquer outra empresa ou instituição para que tenha uma programação anual e junto com a Secretaria de Cultura fará com que aquele ambiente envolva cultura e tecnologia”, disse.

À frente da elaboração desse modelo estará o novo presidente do Banestes, Vasco Cunha Gonçalves, que atualmente é presidente do Banco de Brasília. “A ideia é ter um governo que trabalhe mais em conjunto com as diversas instituições que nele atuam”, explicou ele, que por outro lado também destacou a importância de garantir a continuidade de crescimento do banco com a ampliação de mercado.

O processo também será acompanhado de perto pelo novo secretário de Estado de Cultura, Fabrício Noronha. O artista e produtor cultural analisa que o maior desafio da pasta será investir em políticas públicas que deem autonomia aos artistas e capacidade de empreender a partir de seu próprio trabalho.

“Os editais são muito importantes, mas precisamos dar outros passos até para que esse dinheiro circule, para que venha dinheiro de outros lugares, não só do governo, mas da sociedade de forma geral.

BOMBEIROS

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O novo comandante-geral do Corpo de Bombeiros, Coronel Alexandre dos Santos Cerqueira, também foi anunciado ontem. Ele, que atualmente é coordenador estadual de Proteção e Defesa Civil, afirma que trabalhará para intensificar o treinamento e a integração das equipes. “O objetivo é que as Defesas Civil estadual, regional e municipal estejam integradas para enfrentar os efeitos dos desastres, reduzindo o seu impacto”.

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