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Futura ministra de Direitos Humanos critica 'teoria de gênero'

Futura ministra de Direitos Humanos critica 'teoria de gênero'

Pastora e assessora parlamentar, confirmada no ministério nesta quinta, falou sobre sua militância na área em entrevista ao Globo

Publicado em 6 de dezembro de 2018 às 20:22

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Damares Alves é pastora, advogada e assessora do senador Magno Malta. (Reprodução / Youtube)

A futura ministra de Direitos Humanos, Damares Alves , tem uma filha indígena, é pastora da Igreja Quadrangular e trabalha como assessora no Congresso Nacional há mais de 20 anos, sempre próxima da bancada evangélica.

Damares foi anunciada nesta quinta-feira (6) como ministra da nova pasta Mulher, Família e Direitos Humanos. Em entrevista exclusiva ao GLOBO, ela afirmou que homens e mulheres não são iguais, que é preciso inserir transexuais no mercado de trabalho e que o casamento homoafetivo é um direito adquirido. Afirmou também que vai brigar para abrigar a Funai em sua pasta e que é defensora dos indígenas.

ENTREVISTA

Como se deu sua militância pelos direitos humanos?

São anos na estrada na defesa da infância. A cada momento da minha vida, encontrei um grupo de crianças mais vulnerável que o outro. Nasci no Paraná, mas me criei entre Sergipe e Bahia. Em Aracaju, comecei com meninos e meninas de rua, por volta de 1984. Fui professora desde muito cedo. Estava em sala de aula há 15 anos, já, e trabalhava com a primeira infância. Às vezes o aluno não vinha porque algo tinha acontecido. “Meu irmão morreu”, “meu irmão está preso”. Eram meninos que estavam na rua. Militei algum tempo no movimento Meninos de Rua, atendendo meninos que estavam se prostituindo, cheirando cola.

Como combater a violência contra a mulher?

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Nós vamos ter que fazer uma revolução cultural. Todos os meninos vão ter que entregar flores para as meninas nas escolas, para entender que nós não somos iguais. Quando a teoria de gênero vai para a sala de aula e diz que todos são iguais e que não tem diferença entre menino e menina, as meninas podem levar porrada, porque são iguais aos meninos. Somos frágeis, mas somos muito especiais, fazemos coisas que eles não conseguem fazer. Vamos proteger as crianças, as grávidas e mostrar que uma nação que teve uma mulher presidente da República tem tudo para ser o melhor país do mundo para mulheres.

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