A nova ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, disse nesta quarta-feira (2), em cerimônia que marcou o início de sua gestão, que no novo governo "menina será princesa e menino, príncipe", num aviso contra o que chamou de doutrinação ideológica. Ela também afirmou que sua pasta focará suas políticas públicas na vida desde sua concepção, reforçando sua posição contra o aborto.
"Neste governo, menina será princesa e menino será príncipe. Ninguém vai nos impedir de chamar as meninas de princesa e os meninos de príncipe. Vamos acabar com o abuso da doutrinação ideológica", afirmou.
Ela também fez um alerta aos pedófilos e contra o turismo sexual, pontuando que agora se inicia uma nova era. "Atenção pedófilos de plantão: a brincadeira acabou, Bolsonaro é presidente".
Num discurso longo, de cerca de 45 minutos, Damares, que é pastora evangélica, começou dizendo estar ciente de que o Estado é laico, mas lembrou que é terrivelmente cristã: "O estado é laico, mas essa ministra é terrivelmente cristã. Acredito nos desígnios de Deus", disse.
Damares apresentou sua equipe, que contará com oito secretarias, quatro delas comandadas por mulheres. Uma das secretárias será a indígena Sandra Terena, da etnia Terena. Ela sentou-se à mesa vestindo cocar, e ficará responsável pela Secretaria da Igualdade Racial. Outra secretária é surda, e ficará responsável pela Secretaria Nacional da Pessoa com Deficiência.
A nova ministra lembrou que seu núcleo familiar se restringe a ela e sua filha adotiva indígena, e garantiu que toda forma de família será respeitada. Segundo a ministra, todas as políticas do presidente Bolsonaro terão como foco o fortalecimento do núcleo familiar.
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