Antes da nomeação para o cargo na Secretaria de Estado da Agricultura, a ser comandada pelo deputado federal Paulo Foletto (PSB), Frei Paulão era servidor comissionado no gabinete do parlamentar. De acordo com o Portal da Transparência da Câmara, ele recebia R$ 3.012,60 de salário mais R$ 982,29 em auxílios mensalmente.
A função era a de secretário parlamentar. Frei Paulão estava lotado na Casa desde dezembro de 2017. Não há uma lei federal similar à estadual, que impeça pessoas inelegíveis de assumirem postos comissionados.
"A Lei da Ficha Limpa é aplicável a cargos eletivos", destaca a Câmara, em resposta à reportagem. Não havia, portanto, irregularidade nesse caso. Frei Paulão desistiu, nesta quinta-feira (17), da nomeação no governo do Estado. A Procuradoria Geral do Estado daria um parecer, nesta sexta-feira (18), sobre a legalidade da posse do socialista.
Foletto diz que o correligionário permaneceu no cargo poucos dias antes da nomeação na Seag e que a indicação dele para a subsecretaria surgiu de uma conversa entre o próprio Foletto e o governador Renato Casagrande (PSB).
"Mas o governo não estava atento a essa previsão legal", reconheceu Foletto. "E vendo essa exposição, estava no jornal (A GAZETA) hoje que o Ministério Público ia investigar, isso é desagradável, acho que pensando nisso, ele (Frei Paulão) decidiu abrir mão", pontuou o deputado.
Sobre um novo nome para a Subsecretaria de Aquicultura e Pesca, Foletto disse que vai conversar com Casagrande.
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