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Caso Durão faz governo e PDT discutirem nomeação de Marcelo Santos

Caso Durão faz governo e PDT discutirem nomeação de Marcelo Santos

Marcelos Santos foi indicado pelo partido para assumir a Sesport. Suplente do deputado, Luiz Durão está preso acusado de estuprar adolescente

Publicado em 7 de janeiro de 2019 às 22:16

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Marcelo Santos foi convidado para ser secretário de Estado de Esportes. (Lissa de Paula/Ales)

A prisão do deputado estadual Luiz Durão (PDT), acusado de estuprar uma adolescente, fez com que o governo e o PDT voltassem a debater a nomeação do também parlamentar Marcelo Santos, o indicado do partido para a Secretaria estadual de Esportes (Sesport).

A discussão tornou-se necessária porque Durão é o primeiro suplente da coligação do PDT. Se confirmada a nomeação de Marcelo Santos para a pasta, automática e indiretamente, o governo elevará Durão à condição de deputado na próxima legislatura, que começa em fevereiro.

O chefe da Casa Civil do governo de Renato Casagrande (PSB), Davi Diniz, destacou que a cadeira segue disponível a Marcelo e ao PDT, mas declarou que o episódio da prisão – sobretudo as consequências dele – levou a um debate sobre a "conveniência" da escolha.

"O convite ao Marcelo está feito, está mantido. Mas estamos avaliando a oportunidade e a conveniência depois dos fatos. Lembrando que os fatos são recentes. Estamos avaliando com cautela", afirmou.

Reiteradamente, Diniz disse que o convite a Marcelo não foi retirado. "O governo está debatendo com o PDT a permanência do partido e do Marcelo Santos na secretaria. Mas o convite continua feito. O governo não está retirando o convite ao Marcelo. Estamos avaliando a situação junto com o partido", afirmou.

O secretário disse, também, que o governo não pretende tomar uma decisão precipitada e que respeita a tramitação do processo na Justiça. Diniz afirmou, ainda, que o diálogo com o PDT é necessário para chegarem "ao melhor caminho".

POLÍTICA

Entre auxiliares de Casagrande também há quem adote um tom mais assertivo ao dizer que o Executivo não quer ser sócio de uma decisão que pode alçar ao Legislativo um preso ou um recém-egresso da cadeia. "Se a situação do Durão continuar como está, não tem como ele assumir na Assembleia. Precisa ser recombinado com o PDT. Não deixaremos essa situação. Mas isso está sendo conversado com o PDT de forma respeitosa", pontuou tal casagrandista.

Em nota, Marcelo Santos informou que foi surpreendido pela prisão do deputado, mas que o fato "em nada influencia o convite feito pelo governador". Presidente do PDT da Serra, Alessandro Comper, que está provisoriamente à frente da Sesport, saiu pela tangente: "O partido vai discutir em momento oportuno". Ele também integra a Executiva estadual do PDT. Sérgio Vidigal, presidente da legenda, não foi localizado ontem para comentar o assunto.

Outro pedetista afirma que dentro do partido há até uma "corrente" que defende que se o partido não conseguir emplacar Marcelo na pasta, que a legenda desembarque do governo e fique neutro. 

"Tirar" Durão da suplência seria uma inviabilidade jurídica para o PDT. Não há impedimento legal para que ele assuma. E nem se sabe se até lá o deputado ainda estaria preso. Após Marcelo assumir a Sesport, Durão ainda teria 30 dias para a posse, como prevê o Regimento Interno da Assembleia. O fato é que ainda não estaria condenado por crime algum. O caso está na fase de inquérito. Só se o próprio Luiz Durão não quisesse assumir o mandato, o que, até agora, ninguém aposta. Mas, nessa hipótese, a segunda suplente da coligação é a ex-deputada federal Sueli Vidigal (PDT).

DEFESA

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Procurada, a defesa de Luiz Durão informou, por nota, que o processo está sob sigilo e que confia na Justiça: "Seguimos confiantes na Justiça, onde tudo será devidamente esclarecido".

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