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Derrotados nas urnas assumem novos cargos

Derrotados nas urnas assumem novos cargos

Sem mandato a partir de fevereiro, eles terão outras ocupações; veja lista

Publicado em 7 de janeiro de 2019 às 01:38

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Deputado federal Carlos Manato. (Gazeta Online)

Somente o Diário Oficial do governo do Estado ou publicações de prefeituras a partir dos próximos dias terão respostas definitivas para certos casos, mas o destino de alguns dos derrotados nas eleições de outubro já está certo. A reportagem de A GAZETA levantou para onde vão senadores, deputados estaduais e federais e figuras conhecidas da política que não obtiveram êxito no último pleito. Via de regra, eles ficam sem mandato a partir de fevereiro e devem ser alocados em outros cargos, também públicos, mas não por escolha do eleitor. São espaços definidos, no entanto, politicamente – aqui não estamos tratando da qualificação técnica de cada um ou da falta dela, é apenas uma constatação. Vamos à lista:

O deputado federal Carlos Manato (PSL) ficou em segundo lugar na disputa pelo Palácio Anchieta, com 27,22% dos votos, mas, digamos, “caiu para cima”. Surfando na onda Bolsonaro, ele conseguiu se projetar e ainda “se emplacar” na Casa Civil do governo federal. Como secretário especial para a Câmara Federal, Manato será responsável pela articulação do Executivo com a Casa. Isso lá em Brasília, mas ele também tem uma ocupação no Estado, já que foi eleito para presidir o Conselho Deliberativo Estadual (CDE) do Sebrae-ES.

Lelo Coimbra. (Gazeta Online)

Outro parlamentar federal, Lelo Coimbra (MDB) não se reelegeu, mas acabou abrigado também no governo Bolsonaro. Será secretário de Desenvolvimento Social, ligado ao Ministério da Cidadania, e vai coordenar o programa Bolsa-Família. Lelo era líder da maioria do governo Michel Temer (MDB) na Câmara.

Secretário

O deputado federal Marcus Vicente (PP), outro não reeleito, vai comandar a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano (Sedurb).

Givaldo Vieira (PCdoB) é mais um que não conseguiu a recondução à Câmara. Ele foi vice do governador Renato Casagrande (PSB) na última gestão do socialista, mas desta vez não vai compor o primeiro escalão do governo estadual. Será o diretor-presidente do Detran.

Já o deputado estadual Sandro Locutor, do PROS, partido que integrou a aliança que elegeu Casagrande, tentou, desta vez, ser deputado federal, no que não foi bem-sucedido. É outro cotado para integrar a equipe no segundo escalão do governo estadual. O mesmo vale para Gilson Lopes (PR). Apesar de o partido dele ter estado ao lado de Manato, o delegado da Polícia Civil é próximo ao governador.

Por falar em polícia, Edmar Camata, da Polícia Rodoviária Federal, não chegou à Câmara em sua primeira eleição, mas será secretário de Estado de Controle e Transparência. Ele é ex-secretário-geral da ONG Transparência Capixaba.

Luiz Paulo Vellozo Lucas (PPS), ex-prefeito de Vitória, não conseguiu uma cadeira na Câmara. Ele será diretor-presidente do Instituto Jones dos Santos Neves.

Já os deputados estaduais não reeleitos Freitas (PSB) e Luiz Durão (PDT) devem permanecer na Assembleia por efeito colateral. Os reeleitos Bruno Lamas (PSB) e Marcelo Santos (PDT) vão para o secretariado de Casagrande e devem ser substituídos pela dupla anteriormente mencionada, suplentes das respectivas coligações. Luiz Durão, no entanto, foi preso acusado de estupro e seu futuro ainda é incerto.

Presidente estadual do PHS, Rogerinho Pinheiro não se elegeu para a Assembleia. Mas será o diretor-presidente do Ipem, por escolha de Casagrande.

Entretanto, nem todos os que não foram eleitos têm outros cargos no horizonte. Ao contrário do que esperava, o senador Magno Malta (PR) não conseguiu um lugar no ministério de Bolsonaro. Era cotado para presidir o Sesi, mas não rolou. O também senador não reeleito Ricardo Ferraço (PSDB) vai atuar na iniciativa privada. O ex-prefeito de Vila Velha Neucimar Fraga (PSD), que não se elegeu para a Câmara, ainda não tem um porto seguro.

Voluntária

A veterana deputada estadual Luzia Toledo (MDB), sem mandato a partir de fevereiro, diz que vai manter sua atuação no MDB Mulher e o trabalho voluntário no Asilo dos Velhos.

Padre Honório (PT), não reconduzido à Assembleia, vai assumir uma paróquia em Teófilo Otoni (MG).

Jamir Malini (PP), que foi vice-líder do governo Hartung, aguarda para saber se pode ser alocado na gestão Casagrande. Se não, conta que pretende voltar a atuar no ramo de administração de empresas.

PARA ONDE ELES VÃO

Lelo Coimbra (MDB)

Deputado federal não reeleito, será secretário de Desenvolvimento Social, no Ministério da Cidadania, no governo Bolsonaro.

Carlos Manato (PSL)

Atual deputado federal, disputou o governo do Estado e ficou em 2º lugar. Será secretário especial na Casa Civil do governo Bolsonaro. E também presidente do Sebrae-ES.

Marcus Vicente (PP)

Deputado federal não reeleito, será secretário de Estado de Desenvolvimento Urbano.

Givaldo Vieira (PCdoB)

Deputado federal não reeleito, vai comandar o Detran-ES.

Luiz Paulo Vellozo Lucas (PPS)

Não obteve uma vaga na Câmara. Presidirá o Instituto Jones dos Santos Neves.

Edmar Camata

Não obteve uma vaga na Câmara. Será secretário de Estado de Controle e Transparência.

João Coser (PT)

Não foi eleito deputado federal. Preside o PT-ES.

Freitas (PSB)

Deputado estadual não reeleito, vai continuar na Assembleia como suplente porque Bruno Lamas (PSB) será secretário de Estado de Trabalho e Assistência Social.

Luiz Durão (PDT)

Deputado estadual não reeleito, pode continuar na Assembleia como suplente porque Marcelo Santos (PDT) será secretário de Esportes. No entanto, Durão foi preso acusado de estupro e seu futuro é incerto.

Rogerinho Pinheiro (PHS)

Não foi eleito à Assembleia. Vai comandar o Ipem.

Padre Honório (PT)

Deputado estadual não reeleito, assume paróquia em Teófilo Otoni (MG).

Luzia Toledo (MDB)

Deputada estadual não reeleita, vai fazer trabalho voluntário e atuar no MDB Mulher.

Magno Malta (PR)

O senador não foi reeleito e não tem abrigo definido.

Ricardo Ferraço (PSDB)

Senador não reeleito, vai atuar na iniciativa privada.

Aliados de Hartung vão permanecer na política

André Garcia. (G1)

O governo Paulo Hartung (sem partido) acabou no dia 31 de dezembro. Ex-integrantes da gestão ou aliados de longa data, que se aventuraram ou não nas urnas, agora devem ser alocados em outros espaços, sejam eles públicos ou privados.

O ex-secretário de Segurança Pública Nylton Rodrigues, coronel da PM, vai para a Prefeitura da Serra, onde volta a comandar a Secretaria de Defesa Social e já fala em planos eleitorais para disputar a prefeitura da cidade.

Nylton Rodrigues, coronel da PM. (Carlos Alberto Silva)

Outro ex-secretário de Segurança, o ex-prefeito de Vila Velha Rodney Miranda (PRB), que foi titular da Secretaria de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano (Sedurb) na gestão anterior, deixou o cargo em abril para disputar a eleição à Câmara. Não foi bem-sucedido e tomou posse, no último dia 2, como secretário de Segurança Pública de Goiás.

E tem mais um ex-secretário da área ligado a Hartung. Trata-se de André Garcia (MDB), que não se elegeu para a Assembleia, em outubro. Procurador do Estado em Pernambuco – licenciado do cargo –, ele conta que recebeu convites para continuar no Espírito Santo, mas prefere não revelar o próprio destino.

Medicina

O ex-vice-governador César Colnago (PSDB), de acordo com sua assessoria, deve retomar o vínculo empregatício com a Secretaria de Estado da Saúde, onde é servidor efetivo. Colnago é médico e não conseguiu uma cadeira de deputado federal.

Há também os que não enveredaram pela carreira político-eleitoral. A ex-secretária de Comunicação Andréia Lopes, por exemplo, diz que vai para a iniciativa privada.

Ricardo Oliveira, ex-titular da Saúde, contou, no final do ano passado, que voltaria para o Rio de Janeiro e poderia prestar consultorias. Octaciano Neto (PSDB), ex-titular da Agricultura e ex-chefe de gabinete de Hartung, já atua na iniciativa privada.

E Régis Mattos, que comandava o Planejamento, é auditor de controle externo do Tribunal de Contas do Estado (TCES).

Já José Eduardo Azevedo, ex-secretário estadual de Desenvolvimento, retorna à pasta do Desenvolvimento Econômico na Prefeitura da Serra.

Bruno Funchal, ex-secretário de Estado da Fazenda. (Tati Beling/Ales)

Bruno Funchal, que comandava a Secretaria Estadual da Fazenda, será diretor de Política e Recuperação Fiscal no governo Bolsonaro, a convite do superministro Paulo Guedes.

Polícia Militar

O ex-comandante-geral da Polícia Militar, o coronel Alexandre Ramalho vai para a Diretoria de Administração de Frota da corporação, mas não descarta tornar-se secretário de Defesa Social de algum município no futuro. O militar só não tem, por enquanto, planos eleitorais.

Já o coronel Daltro Ferrari, ex-chefe da Casa Militar, vai para o Comando de Polícia Ostensiva Especializado.

PARA ONDE ELES VÃO

Nylton Rodrigues

Ex-secretário de Segurança Pública. Não se aventurou ainda nas urnas. Volta à Serra para comandar a pasta de Defesa Social.

André Garcia (MDB)

Ex-secretário de Estado de Segurança Pública, tentou uma vaga de deputado estadual, mas não foi eleito. É procurador do Estado em Pernambuco, mas recebeu convites para permanecer no Espírito Santo.

José Eduardo Azevedo

Ex-secretário de Desenvolvimento. Reassume o Desenvolvimento Econômico na Serra.

Rodney Miranda (DEM)

Ex-secretário de Desenvolvimento Urbano. Tentou, sem sucesso, uma cadeira na Câmara Federal. Tornou-se secretário de Estado de Segurança em Goiás.

Bruno Funchal

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Ex-secretário da Fazenda. Será diretor de Política e Recuperação Fiscal no governo Bolsonaro.

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