O gabinete do então deputado federal pelo Rio, Jair Bolsonaro, atestou oficialmente que a ex-assessora parlamentar Nathalia Queiroz , cumpriu a frequência prevista em lei de 40 horas semanais, o equivalente a oito horas por dia, mesmo trabalhando como personal trainer no Rio em horário comercial. Segundo a Câmara dos Deputados, ela nunca teve qualquer falta registrada no gabinete do atual presidente da República, ainda que justificada, e também não se licenciou. As informações são da rádio CBN.
Filha de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) envolvido em transações consideradas suspeitas pelo Coaf, Nathalia atuou no gabinete de Jair Bolsonaro durante dois anos, segundo a Câmara. As funções, de acordo com as regras da Casa, poderiam ser cumpridas fora de Brasília, desde que relacionadas ao mandato do então deputado federal pelo Rio. Ela recebia cerca de R$ 10 mil pelo cargo, além de benefícios. Nathalia também é citada no inquérito do Coaf por uma transferência de R$ 84 mil para seu pai.
Segundo os dados obtidos pela CBN, a frequência de Nathalia Queiroz foi comprovada mês a mês por meio de um controle eletrônico que deveria ser gerido por Jair Bolsonaro ou, ainda, por um assessor designado. No fim de 2018, quando questionado sobre a atuação da funcionária, Bolsonaro alegou que a pergunta deveria ser feita ao chefe de gabinete . Ela foi exonerada do cargo em 15 de outubro, entre o primeiro e o segundo turno das eleições presidenciais.
Personal trainer de celebridades, Nathalia exibia, em suas redes sociais, fotos de atendimentos a clientes no horário comercial em praias e academias durante o período em que esteve lotada no gabinete em Brasília. Após a repercussão, ela deletou seu perfil no Instagram.
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