Ao decretar a prisão preventiva de Vasco Cunha Gonçalves, empossado nesta segunda-feira (28) presidente do Banestes, o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, mencionou a indicação do investigado para o comando do banco público capixaba, "atividade bancária de grande importância". Vasco comandou o Banco Regional de Brasília (BRB), alvo da Operação Circus Maximus, deflagrada nesta terça-feira (29).
"O fato de já ter sido indicado para a presidência do Banco do Estado do Espírito Santo (Banestes) não ameniza ou elimina a necessidade da prisão preventiva, uma vez que sua posse na nova presidência ainda não se concretizou e ainda que isso aconteça em breve continuará na atividade bancária de grande importância, sem contar o fato de que detém mandato no Conselho de Administração do BRB até 2020, o que configura imperioso que neste momento tenha sua liberdade cerceada preventivamente em benefício da Justiça Criminal", frisou a decisão, datada de 8 de janeiro.
A Operação Circus Maximus não tem relação com o Banestes, mas com o Banco Regional de Brasília (BRB), instituição presidida por Vasco Gonçalves de 2015 a 2018. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF) do Distrito Federal, há uma "organização criminosa no BRB" que, desde 2014, "pratica crimes contra o sistema financeiro, corrupção, lavagem de dinheiro, gestão temerária, entre outros".
Ao todo, foram decretadas prisões preventivas de dez pessoas. Outras quatro tiveram prisões temporárias decretadas. Também foram expedidos mandados de busca e apreensão. As ordens foram cumpridas em endereços do Espírito Santo, do Rio de Janeiro, de São Paulo e do Distrito Federal.
Como o Gazeta Online adiantou, Vasco Gonçalves foi preso em Vitória e será levado para Brasília.
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