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Laudo mostra espermatozoides no lençol do quarto onde esteve Durão

Laudo mostra espermatozoides no lençol do quarto onde esteve Durão

O material coletado vai ser confrontado com amostra de material genético disponibilizado pelo deputado à perícia da Polícia Civil. Ele foi preso após ser flagrado deixando um motel com uma adolescente

Publicado em 12 de janeiro de 2019 às 00:48

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Luiz Durão deixa a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) após depor. (Gazeta Online)

O laudo de exames da perícia criminal da Polícia Civil detectou a presença de espermatozoides e da proteína PSA – substância produzida pela próstata – no lençol da cama do quarto do motel onde o deputado estadual Luiz Durão (PDT) esteve acompanhado de uma adolescente de 17 anos, na Serra, no último dia 4. O político está preso, desde então, acusado do crime de estupro. O material coletado vai ser confrontado com amostra de material genético disponibilizado pelo deputado ao laboratório da perícia da Polícia Civil.

No dia do flagrante, Durão saía de carro do motel, quando foi surpreendido por policiais. Peritos da Polícia Civil foram acionados e fizeram a coleta de objetos, no quarto em que os dois estiveram, para análise. Entre os itens recolhidos, estavam duas toalhas de cor branca e o lençol, também de cor branca, que cobria a cama. No lençol eram visíveis duas manchas, que foram analisadas em laboratório. O laudo – obtido pela reportagem do Gazeta Online – comprovou que as manchas continham espermatozoides e PSA (antígeno prostático específico). O caso está sob sigilo. 

O CASO

O deputado, a pedido da mãe da adolescente, dava uma carona à jovem de Linhares a Vitória. Durão teria um compromisso na Assembleia Legislativa naquela sexta-feira, enquanto a jovem encontraria amigos no Shopping Vitória. No meio do caminho, de acordo com relato da adolescente à Polícia Civil, o parlamentar "passou a mão" na coxa e no quadril dela. Depois, desviou o caminho para um motel. 

"Eu estava sem reação, pois todo mundo na minha cidade sabe a fama que o Luiz Durão tem, no período em que ele foi prefeito da cidade foi o período que teve mais mortes – as pessoas falavam que Luiz mandava matar para 'limpar a cidade', ele tinha fama de matador. Então, não passava pela minha cabeça que eu iria dizer não ou tirar a mão dele e isso iria dar certo, que iria ficar tudo bem", contou a adolescente à polícia. 

O deputado disse à polícia que parou no motel apenas para usar o banheiro. O delegado-chefe da Polícia Civil, Darcy Arruda, já afirmou, em entrevista, que o ato sexual foi comprovado

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A defesa de Durão alegou, em memorial ao qual a reportagem teve acesso, que "a conduta narrada pela suposta vítima mostra, no máximo, o comportamento de um homem comum que acreditava estar sendo correspondido em suas investidas e ao perceber que não estava cessou imediatamente seus atos, não havendo qualquer irregularidade". 

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