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Ministério da Justiça diz que não houve omissão sobre Jean Wyllys

Ministério da Justiça diz que não houve omissão sobre Jean Wyllys

Deputado federal pelo PSOL decidiu sair do país por causa das ameaças de morte que vem sofrendo

Publicado em 26 de janeiro de 2019 às 23:22

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Com medo de ameaças, Jean Wyllys, do PSOL, desiste de mandato e deixa o Brasil. (Bernardo Caram|G1)

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O Ministério da Justiça, responsável pela Polícia Federal, afirmou em nota, neste sábado (26), que lamenta a decisão do deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) de deixar o país por causa das ameaças de morte que vem sofrendo e negou que tenha havido omissão das autoridades.

Segundo a pasta, hoje comandada pelo ex-juiz Sergio Moro, a PF abriu diversos inquéritos em 2017 e 2018 para investigar ofensas e ameaças contra o deputado. As apurações, ainda segundo o ministério, estão em andamento e já identificaram um dos autores, que foi preso no ano passado.

O suspeito integrava um grupo autointitulado "Homens Sanctos" e usava a identidade falsa de Emerson Setim para fazer ameaças a Jean Wyllys, informou o ministério.

"O Ministério da Justiça e Segurança Pública repudia a conduta dos que se servem do anonimato da internet para covardemente ameaçar qualquer pessoa e em especial por preconceitos odiosos. Lamenta-se a decisão do deputado de deixar o país, mas não corresponde à realidade a afirmação de que há omissão das autoridades constituídas", diz a nota.

Wyllys anunciou na quinta-feira (24) que decidiu renunciar ao terceiro mandato na Câmara dos Deputados devido às ameaças. Em entrevista à Folha de S.Paulo, o deputado disse que a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA (Organização dos Estados Americanos) emitiu uma medida cautelar sobre sua situação após eleição.

"O documento é claríssimo: é baseado em todas as denúncias que nós fizemos à Polícia Federal, no fato de que a Polícia Federal não avançou nas investigações sobre as ameaças contra mim. No fato de que a proteção era pífia", declarou Wyllys.

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O deputado, que está fora do país, vive com escolta policial desde que a vereadora Marielle Franco, do mesmo partido dele, foi assassinada no Rio em março do ano passado.

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