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'Não vamos brigar por causa de cargo', diz Vidigal sobre secretaria

"Não vamos brigar por causa de cargo", diz Vidigal sobre secretaria

Partido deve apresentar outro filiado a Casagrande para comandar a pasta de Esportes. Marcelo Santos, que seria o titular, decidiu permanecer na Assembleia após o suplente da coligação, Luiz Durão (PDT), ser preso acusado de estupro

Publicado em 10 de janeiro de 2019 às 23:32

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Deputado federal Sérgio Vidigal (PDT). (Michel Jesus/ Câmara dos deputados)

Presidente estadual do PDT, o deputado federal Sérgio Vidigal diz que o partido não vai "impor" um novo nome ao governador Renato Casagrande (PSB) para a Secretaria de Esportes depois que o deputado estadual reeleito Marcelo Santos (PDT) decidiu permanecer na Assembleia

"Ele (Casagrande) que tem que analisar o perfil, para ver se o PDT tem quadros adequados. Não vamos impor nada. Jamais iríamos impor", afirmou à reportagem do Gazeta Online, nesta quinta-feira (10).  "O PDT é parceiro do governo. Não vamos brigar por causa de cargo", complementou.

No início de dezembro, o PDT chegou a elaborar uma lista de opções para Casagrande. Nela, estava Marcelo, mas também outros, como o atual subsecretário e que responde interinamente pela pasta de Esportes, Alessandro Comper. "Mas não estava definida uma secretaria específica naquela ocasião", lembrou Vidigal. Agora, o partido vai conversar novamente com o governador. O secretário da Casa Civil, Davi Diniz, já disse que a sigla poderá indicar o novo titular da Sesport. 

O presidente estadual não entrega qual seria o nome mais provável a integrar o secretariado. Para quem lembra da ex-deputada federal Sueli Vidigal (PDT), ressalte-se que ela nem estava na lista aprovada pela Executiva do partido. 

Sobre Marcelo Santos, Vidigal diz que soube pela imprensa da nota em que o deputado divulgou que não assumiria a pasta. O presidente estadual do PDT está em São Paulo, onde faz uma pós-graduação. 

REACOMODAÇÃO?

Nos bastidores, um pedetista traça um hipotético rearranjo. "E se alguém que está convidado para outra secretaria migrasse para a de Esportes? Nós poderíamos indicar um nome para essa outra secretaria". Esse "alguém" a quem o pedetista se refere seria Bruno Lamas (PSB), hoje nome certo para a Secretaria de Trabalho, Assistência e Desenvolvimento Social (Setades). Se o socialista topasse ir para Esportes, o PDT poderia indicar, por exemplo, Comper para a Setades. Mas aí é outra história. Bruno Lamas tem reduto eleitoral na mesma Serra de Vidigal e não teria motivos, até então, para facilitar a vida do PDT. Aliás, já afirmou que vai exonerar os comissionados remanescentes da sigla da Setades.

Questionado sobre tal hipótese, Vidigal diz que não vai fazer nenhuma proposta para Casagrande, pois entende que o governo é do socialista e o PDT, apenas parceiro. 

CASO LUIZ DURÃO

Vidigal falou, pela primeira vez, sobre a situação do deputado estadual Luiz Durão, preso por estupro. Esse, aliás, é o motivo de Marcelo Santos não assumir a Secretaria de Esportes. Caso ele se deslocasse para o Executivo, Durão, que está no final do mandato e não foi reeleito, assumiria a vaga na Assembleia como suplente da coligação. Ser corresponsável por tal movimentação seria um peso tanto para Marcelo Santos quanto para o governo, que já demonstrava isso ao PDT. 

"É uma situação sui generis para nós. O problema que ele (Durão) está atravessando não tem a ver com a atividade parlamentar dele. Esse assunto não pode ser discutido dentro da esfera partidária", afirmou Vidigal.

"Está na fase de inquérito ainda e a gente está aguardando o encaminhamento judicial. Não sou eu que  resolvo isso, mas depois a gente discute na Comissão de Ética. A princípio não nos debruçamos sobre isso ainda porque está na fase de inquérito e não tem relação com o exercício do mandato", disse, ainda, o presidente estadual da legenda.  

Questionado sobre como o partido se comportaria caso, hipoteticamente, Marcelo Santos decidisse assumir a secretaria e houvesse algum impedimento legal para Durão assumir a vaga na Assembleia,  Vidigal ressaltou que a segunda suplente da coligação, Sueli Vidigal, não ficaria com a cadeira.

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"A Sueli não assumiria de forma alguma. Se houvesse condição legal para ela assumir, ela não assumiria no cenário colocado porque é um assunto muito constrangedor para nós. Como se ela fosse se beneficiar em cima de um problema de um companheiro de partido", afirma Vidigal, marido da ex-deputada. 

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