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Theodorico sobre eleição da Mesa: 'Meu nome não está à disposição'

Theodorico sobre eleição da Mesa: "Meu nome não está à disposição"

Deputado movimentou-se nos bastidores, mas o atual presidente, Erick Musso (PRB), reúne a maioria dos apoios. Demista diz que pretende atuar como advogado

Publicado em 18 de janeiro de 2019 às 00:01

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Theodorico Ferraço discursa no plenário da Assembleia. (Tati Beling/Ales)

Manso como a pomba e prudente como a serpente, como gosta de se descrever, o deputado estadual Theodorico Ferraço (DEM) diz não querer um lugar na Mesa Diretora da Assembleia Legislativa. "Se for chapa única, voto em quem for, estou de bem com a vida. Só meu nome que não está à disposição", afirmou à reportagem do Gazeta Online nesta quinta-feira (17).

O parlamentar esteve com o governador Renato Casagrande (PSB) na última terça (15). Theodorico já havia dito que votaria em quem o socialista apontasse, mas desconversou: "O governador não vai se meter nisso, então nosso voto é livre".

Note-se que o demista ressaltou, mais de uma vez, não fazer objeção a nenhum nome, ou seja, nem mesmo ao atual presidente da Casa, Erick Musso (PRB). Em 2017, foi o apoio do então governador Paulo Hartung (hoje sem partido) a Erick que selou o rompimento de Theodorico com o chefe do Executivo, na época filiado ao MDB. Mas se Theodorico mantém contato com Erick? "Nunca tive conversa", respondeu o próprio Theodorico.

Ele não revela, mas as movimentações recentes do demista com interesse na presidência da Casa não passaram despercebidas nos bastidores. Erick Musso, no entanto, já reúne apoios de 20 dos 30 parlamentares, ou 21, contando com ele mesmo. "Meu candidato era o Bruno Lamas (PSB), achava que o presidente tinha que ser do partido do governador, mas o Bruno Lamas vai ser secretário (de Trabalho e Assistência Social, no governo Casagrande)."

Aos 80 anos, Theodorico diz não querer nem mesmo um outro lugar na Mesa, apenas faz questão que deputados novatos – eleitos em outubro que não fazem parte da atual legislatura – componham o comando, como já estava sendo alinhavado. 

Questionado se é base do governo Casagrande, disse que não. "O DEM não posso dizer que está na base do governo porque não participa do secretariado". O partido esteve na aliança que elegeu o socialista. Nos bastidores a informação é que o Executivo chegou a oferecer espaços à sigla, mas no segundo escalão. "Não falamos sobre cargos", emendou Theodorico, sobre a conversa com Casagrande.

Uma curiosidade é que o encontro, com participação do secretário da Casa Civil, Davi Diniz, durou 1h40, segundo o deputado, e ocorreu na residência oficial da Praia da Costa. "Foi fora do Palácio Anchieta porque não piso no Palácio, compromisso meu íntimo, desde que briguei com Hartung. É uma questão pessoal", afirmou.  

ADVOCACIA

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O deputado também tem planos de advogar. Sim, ele revela ser formado em Direito pela Ufes em um ano que não se recorda, mas não titubeia ao falar o número da inscrição na OAB: 1046. "Sou um dos advogados mais antigos", complementa. Theodorico chegou a ensaiar montar um escritório Elcio Alvares, ex-deputado que faleceu em 2016

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