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Ciciliotti toma posse no TCES e diz que terá 'isenção total'

Ciciliotti toma posse no TCES e diz que terá "isenção total"

Aliado do governador Casagrande assumiu o cargo de conselheiro

Publicado em 28 de fevereiro de 2019 às 00:17

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Luiz Carlos Ciciliotti tomou posse no Tribunal de Contas do Estado. (Clarissa Scardua/TCES )

Com a promessa de atuação com imparcialidade, Luiz Carlos Ciciliotti foi empossado nesta quarta-feira (27) como conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCES). Eleito no último dia 19 pela Assembleia Legislativa, ele foi filiado por mais de 32 anos ao PSB – partido que presidia até então e do qual faz parte o governador Renato Casagrande, e entra na vaga aberta com a aposentadoria de Valci Ferreira.

Durante a cerimônia, todos os discursos concentraram-se em frisar, inclusive, que é possível um ex-dirigente partidário atuar de forma ética nesta função, e que não seja feita a “demonização da política”. Ciciliotti é farmacêutico por formação e iniciou a vida pública no Conselho Regional de Farmácia. Depois, exerceu diversos cargos no Executivo estadual e na Prefeitura de Vitória.

Cicilliotti toma posse no TCES e diz que terá isenção total

Em seu primeiro pronunciamento, Ciciliotti frisou que ser servidor público é para servir ao bem comum e assim permanecerá agindo.

“Com o compromisso de me manter inarredável no combate à corrupção, na defesa do interesse público, asseguro que minha tarefa será cumprida de forma harmoniosa e com a função orientadora que a Corte possui. Não serei complacente com a má utilização do dinheiro público e saberei reconhecer o gestor honesto. Podem estar certos que minha atuação aqui será conduzida com imparcialidade”, declarou.

O novo conselheiro também prometeu um olhar especial aos pequenos municípios do interior, que precisam da função orientadora do Tribunal.

Questionado sobre sua atuação ao emitir pareceres e julgar as contas do governador ou de outros secretários de Estado e prefeitos do PSB, Ciciliotti foi enfático: "Será de total isenção, e vou manter isso durante a minha trajetória nessa Corte". 

Escolhido para discursar em nome do Tribunal de Contas, o conselheiro Rodrigo Chamoun, que chegou ao órgão em 2012, quando era deputado, e também foi do PSB, destacou como a experiência profissional e de dirigente partidário de Ciciliotti também o credenciam para a atuação como julgador, e que acredita que o ex-correligionário se comportará como todos os demais em relação a qualquer político.

“Como água e óleo, não podemos nos misturar. Mas imagine como água e óleo não se misturam, mas convivem em harmonia. Faço questão de destacar isso porque estamos vivendo uma absurda demonização da política. Ela precisa ser valorizada como instrumento. Ela que constrói as saídas. Sua trajetória também mostra o compromisso com gestão fiscal”, afirmou.

FISCALIZAÇÃO

Embora seja considerado homem de sua estrita confiança, o governador Renato Casagrande salientou que um líder fazer parte de partido não o torna manchado negativamente e que confia na isenção de Ciciliotti.

“Confio perfeitamente, porque hoje temos regras muito claras. Se eu não cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal, não tem como o Ciciliotti aprovar as minhas contas. Tem parâmetros muito definidos, especialmente do governador, pois ele não é ordenador de despesa. Os limites são muito claros e que tem que ser observados, independente da vontade de um ou outro conselheiro”, afirmou.

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