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Erick Musso, o governista à frente do Legislativo estadual

Erick Musso, o governista à frente do Legislativo estadual

O presidente reeleito era aliado de Hartung e, agora, tem boa relação com Casagrande

Publicado em 2 de fevereiro de 2019 às 14:06

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A nova Mesa Diretora da Assembleia. Da esquerda para direita: Raquel Lessa, Marcelo Santos, Luciano Machado, Erick Musso, Emilio Mameri, Torino Marques e Alexandre Xambinho. (Ingrid Welida/Ales)

Dos 30 deputados, 28 chancelaram, ontem, a chapa única encabeçada por Erick Musso (PRB) para comandar a Assembleia até 31 de janeiro de 2021. Sergio Majeski (PSB) votou contra e Theodorico Ferraço (DEM) estava ausente.

O posto de segundo secretário gerou certa incerteza, se caberia a Adilson Espindula (PTB) ou a Emilio Mameri (PSDB). E foi o segundo que ficou com o espaço.

Mas se a recondução de Erick não foi surpresa – somente Majeski e Theodorico já não haviam assinado uma lista de apoio a ele, a novidade, nem tão nova, assim, é verdade, é a guinada do deputado do PRB, outrora hartunguista de carteirinha ao socialista Renato Casagrande (PSB). Não que Erick esteja renegando Paulo Hartung (sem partido), apenas agora garante governabilidade ao socialista, desafeto do ex-emedebista. Em entrevista coletiva após a eleição, o presidente elencou, questionado sobre como se daria a relação com Casagrande, o que deve nortear os passos da Mesa Diretora: “Quando o interesse do Estado estiver colocado à mesa, qualquer divergência política tem que ser deixada de lado e é nesse sentido que vamos tocar a Mesa, com harmonia, com pacificação, com equilíbrio e, sobretudo, com governabilidade ao governador Renato Casagrande”.

Um casagrandista raiz avalia que Erick, que tem outras ambições políticas, não se aferraria a uma liderança política, que está sem mandato, indefinidamente e a ponto de se opor ao governo do momento. Assim, acredita que o governador socialista pode confiar no reeleito.

Pelo sim e pelo não, no entanto, o primeiro e o segundo secretários são mais afeitos ao Palácio. Além de Mameri, na primeira secretaria está Luciano Machado (PV). Mameri se define como “parceiro de primeira hora” de Casagrande. No PSDB, ele é próximo do ex-senador Ricardo Ferraço, que liderou a ida do partido para a coligação que elegeu o governador. Já o PV de Luciano Machado compõe o primeiro escalão do governo, com Fabrício Machado, secretário de Meio Ambiente e presidente estadual da legenda.

A opção por Mameri e não por Espindula na segunda secretaria se deu, de acordo com um deputado que participou das articulações, por ação do deputado tucano Vandinho Leite e também porque avaliou-se que Mameri poderia “agregar mais”, uma vez que o partido dele tem três deputados na Casa. O PTB tem apenas o próprio Adilson Espindula.

A formação da Mesa também foi resultado de um acordo que previa uma mescla entre parlamentares reeleitos e os chamados novatos, nos postos de comando.

Majeski justificou o voto contrário pelo fato de não terem sido explicitadas as propostas da chapa única para o fortalecimento da atuação do Legislativo. Ele tem sido um crítico de Erick Musso e da forma como as conversas para o quase consenso em torno dos nomes se deram.

Cidadão

No discurso na Assembleia, logo após a eleição, Erick Musso fez uma espécie de prestação de contas da gestão passada e elencou o que pretende fazer daqui para frente: “Levar adiante o projeto mais ousado que esta Mesa Diretora tinha: aproximar o cidadão capixaba da Assembleia Legislativa do Espírito Santo”. Ele pretende levar representantes da Defensoria Pública para a Casa e também uma Vara de conciliação, numa parceria com o Judiciário.

Quem não ouviu nada disso e tampouco o que de mais se passou na sessão que elegeu a Mesa foi Theodorico, que se ausentou logo após tomar posse, ainda pela manhã. Ele disse que iria à posse da esposa, a deputada federal Norma Ayub (DEM). Mas às 20h20 de ontem, afirmou à reportagem que estava em Vitória. Theodorico anda meio estremecido com o governo. E nem participa do bloco que vai definir os integrantes das comissões da Assembleia. A maioria dos espaços já está definida. Ontem o demista teve uma conversa com Casagrande e contou apenas que o convite partiu do socialista. No Palácio e na Assembleia há quem avalie que Theodorico precisa de uma “atenção especial”.

A MESA

Erick Musso (PRB)

Presidente

Marcelo Santos (PDT)

1º vice-presidente

Luciano Machado (PV)

1º secretário

Emilio Mameri (PSDB)

2º secretário

Torino Marques (PSL)

2º vice-presidente

Raquel Lessa (PROS)

3ª secretária

Alexandre Xambinho (Rede)

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4º secretário

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