Ao cumprir um mandado de busca na casa do ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, nesta terça-feira (19), a Polícia Federal não encontrou um único telefone celular.
No closet do investigado, porém, os policiais acharam "quase uma dezena" de cabos conectados à tomada, sem que nenhum aparelho estivesse por perto.
Para o delegado Alessandro Netto Vieira, isso indica que Paulo Preto pode ter "agido de forma deliberada para ocultar provas" a não ser que se considere "a absurda hipótese de o investigado não fazer uso de celular algum", escreveu, em relatório à Justiça.
O investigador destaca que Paulo Preto e a mulher demoraram a permitir a entrada dos policiais, e só o fizeram quando a equipe estava prestes a arrombar a porta.
Após uma busca minuciosa pelo apartamento, segundo o delegado, a equipe de oito policiais não conseguiu achar um único celular.
Para ele, isso reforça a necessidade da prisão preventiva de Souza.
Paulo Preto esteve detido sob suspeita de operar propinas em espécie para a empreiteira Odebrecht, entre 2010 e 2011.
A reportagem tentou contato com a defesa do investigado, mas não houve manifestação até a conclusão deste texto.
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