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Projeto restringe uso da palavra bíblia em publicações impressas ou eletrônicas

Projeto restringe uso da palavra bíblia em publicações impressas ou eletrônicas

Proposta em análise na Câmara dos Deputados prevê pena de até 5 anos de reclusão para quem usar a palavra bíblia fora do contexto das religiões cristãs

Publicado em 15 de fevereiro de 2019 às 15:30

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O deputado Pastor Sargento Isidório (Avante-BA). (Reprodução/Facebook)

O Projeto de Lei 2/19 proíbe o uso indiscriminado da palavra “Bíblia” ou da expressão “Bíblia Sagrada” em publicações impressas ou eletrônicas. Segundo o texto, essas palavras só poderão ser usadas para se referir aos livros, capítulos e versículos considerados sagrados pelas religiões cristãs.

Pela proposta, o descumprimento da medida sujeitará o infrator às penas previstas para os crimes de estelionato, com reclusão de 1 a 5 anos, e ofensa a culto religioso, com detenção de 1 mês a 1 ano.

Autor do projeto, o deputado Pastor Sargento Isidório (Avante-BA) afirma que a proposta pretende evitar que alguns segmentos sociais, "intolerantes com a manutenção da verdade religiosa", passem a utilizar as palavras “Bíblia” e “Bíblia Sagrada” para se referir aos seus próprios livros de ética.

“Queremos prevenir mais uma violência contra os cristãos brasileiros. É o caso da polêmica do livro em edição que se especula chamar bíblia gay. Há indícios de que tal livro pretende tirar referências que condenam o homossexualismo. Seria uma verdadeira heresia e total desrespeito às autoridades eclesiásticas”, diz o deputado.

Pastor Sargento Isidório afirma que esse tipo de publicação abriria precedente para o surgimento de outros livros apelidados de bíblia para segmentos como “homicidas, adúlteros, prostitutos e mentirosos”. “Ou seja, livros chamados de bíblia para livrar todo tipo de pecadores”, diz o parlamentar.

TRAMITAÇÃO

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O projeto será analisado pelas comissões de Cultura e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Depois, seguirá para o Plenário da Câmara.

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