O diretório municipal do PSB da Serra deve dar entrada, ainda esta semana, em uma ação para a expulsão do vereador do município José Geraldo Carreiro, o Geraldinho Feu Rosa (PSB). Na última semana, o Gazeta Online mostrou que ele foi acusado de cobrar, por mais de um ano, parte dos salários dos seus servidores e de funcionários indicados por ele, prática conhecida como "rachid".
O partido divulgou uma nota afirmando que desconhecia as graves denúncias que pesam contra o parlamentar, mas que em outubro de 2018 houve a instalação de um procedimento ético contra ele, pois sua conduta estaria em absoluta desconformidade com as propostas e diretrizes do partido. Agora, "no âmbito partidário, adotaremos todas as providências legais e estatutárias para expurgar de nosso meio práticas deletérias como as que noticiam os jornais", disse o texto.
O presidente do diretório municipal do PSB, Marcos Tongo, explicou que o processo na Comissão de Ética já estava em fase final. "O vereador não cumpre o regimento do partido, só usou a sigla para ganhar a eleição. No processo eleitoral de 2018 ele não se fez presente, apoiou outros candidatos, e também já xingou um outro vereador, do nosso partido, na tribuna da Câmara", relatou.
A postura de Geraldinho de fazer oposição ao prefeito Audifax Barcelos (Rede) na Casa também desagradou a sigla, que é da base da administração municipal. "Não adianta fazer oposição por oposição. Somos aliados do prefeito. Ele nunca atendeu as orientações para o plenário", afirmou. A vice-prefeita da Serra, Márcia Lamas, é do PSB.
Sobre a acusação de rachid, feita por ex-servidores de Geraldinho, o partido declarou repúdio. "Qualquer ato de corrupção, sobretudo quando praticado com abuso de poder contra funcionários públicos ocupantes de cargos de confiança, ferem frontalmente o programa e o estatuto do PSB, merecendo a nossa firme reprovação", disse.
MANDATO
Caso o vereador tenha a expulsão reconhecida pela Justiça, não há automaticamente a perda do mandato eletivo, mesmo com o princípio constitucional da fidelidade partidária, visto que não há previsão expressa na resolução do TSE que trata do tema.
No entanto, há a possibilidade de o partido político ajuizar um processo requerendo a perda do mandato eletivo do expulso, como forma de restabelecer a sua representação.
O vereador Geraldinho Feu Rosa foi, mais uma vez, procurado pela reportagem, mas não se manifestou.
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