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Casagrande na Assembleia: quatro horas e quase nenhum questionamento

Casagrande na Assembleia: quatro horas e quase nenhum questionamento

Governador ouviu poucas cobranças e aproveitou para criticar a gestão Hartung

Publicado em 12 de março de 2019 às 13:05

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Governador Renato Casagrande discursa para deputados estaduais na Assembleia Legislativa. (Carlos Alberto Silva)

Em seu primeiro compromisso com os deputados estaduais, na Assembleia Legislativa, neste mandato, para tratar de ações de governo, o único desconforto ao que o governador Renato Casagrande (PSB) foi submetido foi o de permanecer em pé por cerca de quatro horas e meia respondendo a perguntas de deputados nesta segunda-feira (11). Os questionamentos, porém, passaram longe de cobranças duras ou apontamentos de contradições. A maioria dos deputados levantou temas do interesse deles junto às respectivas bases.

A menos de três meses à frente do Executivo estadual, Casagrande não foi à Assembleia prestar contas, mas para falar do plano estratégico do governo para os próximos quatro anos. É uma obrigação constitucional.

Na primeira meia hora da sessão especial, o governador apresentou as linhas gerais da gestão. Reforçou que o momento é de cautela, disse que não pode se comprometer com reajustes salariais e destacou que o Estado precisa de investimentos em infraestrutura. Ele salientou a parceria com o governo federal para investimentos importantes, como em rodovias e ferrovias.

O tema da infraestrutura, aliás, foi usado pelo governador para lançar críticas à gestão passada. No primeiro compromisso com os deputados em plenário, disse que, ao assumir o governo, encontrou o Estado em “condições de precariedade”.

O socialista citou a situação dos terminais do Transcol, da Segunda Ponte, dos hospitais e da sede do Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema). Também reclamou das condições dos presídios, do Iases e do Departamento Médico Legal (DML). “Assumimos o Estado nessas condições de precariedade”, frisou.

As críticas provocaram reação. No início da noite, o secretário de Planejamento do governo de Paulo Hartung (sem partido), Regis Mattos, enviou nota por meio da qual convida o atual governo a “parar de olhar pelo retrovisor” e citava bons resultados da gestão passada na redução de homicídios, no desempenho do Ensino Médio e, ainda, recursos “para conceder reajuste ao funcionalismo”. “O governo Paulo Hartung não foi um dos melhores do país. Foi o melhor do país em contas organizadas e também ganhou destaque em suas políticas sociais”, frisou o ex-secretário.

AMIGOS

Vinte e dois deputados foram aos microfones fazer perguntas. Em suma, deixaram sugestões, elogios ou pediram informações sobre o andamento de projetos.

O único embate foi com o deputado Sergio Majeski (PSB). Embora correligionário de Casagrande, ele criticou a indicação política para cargos de relevo e a escolha de pessoas que respondam a processos.

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O governador respondeu que ter vida partidária não pode ser um desqualificador e que criticá-la é reduzir a importância da representação política. Casagrande disse, ainda, que é necessário equilíbrio nas escolhas: “Daqui a pouco, vão querer exigir concurso público até para ser deputado”, criticou.

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