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Ernesto Araújo teve chilique por Eduardo ir a encontro com Trump

Ernesto Araújo teve chilique por Eduardo ir a encontro com Trump

O chanceler não participou da reunião privada entre os dois líderes realizada no Salão Oval da Casa Branca, em Washington

Publicado em 20 de março de 2019 às 13:46

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Eduardo Bolsonaro junto com o pai (ao centro), ao lado de Trump. (Isac Nóbrega/PR)

O chanceler Ernesto Araújo teve um chilique na frente de outros ministros por causa da participação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) no encontro privado entre os presidentes Jair Bolsonaro (Brasil) e Donald Trump (EUA) nesta terça-feira (19).

Araújo não participou da reunião privada entre os dois líderes realizada no Salão Oval da Casa Branca, em Washington. 

Segundo pessoas que estavam presentes no momento descreveram à reportagem, Araújo ficou especialmente irritado após ler o blog da jornalista Míriam Leitão, do jornal O Globo.

No texto, ela afirma que o Itamaraty saiu rebaixado com ida de Eduardo para o encontro com Trump e diz que, se Araújo tivesse "alguma fibra", ele pediria para deixar o cargo.

A percepção dos presentes foi de que o ministro às vezes tem comportamento instável. O ministro da Economia, Paulo Guedes, tentou acalmá-lo.

Como o secretário de Estado dos EUA (cargo equivalente ao de ministro das Relações Exteriores), Mike Pompeo, não estava presente no encontro, não seria esperado que Araújo estivesse. Pompeo estava em viagem no exterior e não participou em nenhum momento da visita de Bolsonaro aos EUA. 

Trump, como Bolsonaro, valoriza os laços familiares e costuma incluir sua filha Ivanka em eventos às vezes reservados apenas para autoridades.

Após o encontro, Eduardo Bolsonaro disse que o próprio Trump o chamou para participar da reunião.  

Mas Araújo teria sentido que seus esforços na organização da visita, considerada bem-sucedida pelo entorno do presidente, não teriam sido valorizados.

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Já Nestor Forster, diplomata que serve na embaixada e é próximo do chanceler, teria reforçado suas credenciais para ser o próximo embaixador em Washington após sua participação na organização da visita, considerada muito eficiente. Ele tem o apoio do guru do bolsonarismo, Olavo de Carvalho, para ocupar o cargo.   

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