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Relator do habeas corpus de Temer já atuou no Espírito Santo

Relator do habeas corpus de Temer já atuou no Espírito Santo

Desembargador Antônio Ivan Athié era lotado em Vara Federal de Vitória no início dos anos 2000

Publicado em 22 de março de 2019 às 21:09

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Desembargador Antônio Ivan Athié, do TRF-2 . (Divulgação)

Relator dos recursos pedindo a liberdade do ex-presidente Michel Temer (MDB) e do ex-ministro Moreira Franco (MDB), o desembargador Antônio Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), já atuou na Justiça Federal do Espírito Santo até os anos 2000 e foi juiz do TRE do Espírito Santo por dois biênios.

O magistrado chegou a ficar sete anos afastado do TRF-2, até 2011, período em que respondia a duas ações penais no Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre acusações de quando ainda era juiz da 4ª Vara Federal em Vitória. Em 2005, Athié e um outro juiz federal foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) pela prática dos crimes de formação de quadrilha e estelionato.

Na denúncia, o MPF afirmou que advogados faziam-se incluir como partes em processos sem conexão já distribuídos aos juízes acusados, o que resultava em violação da livre distribuição das causas. Os advogados também "fabricavam partes", alterando os contratos sociais de empresas com inscrição regular para declarar falsamente novas atividades. Depois, esses advogados eram beneficiados por decisões dos juízes, que lhe garantiriam honorários milionários.

Em 2011, por unanimidade, a Corte Especial do STJ determinou o retorno do desembargador às suas funções. Em 2014, a ação penal foi extinta e transitou em julgado.

Hoje, o desembargador preside a 1ª Turma do TRF-2, especializada em Direito Penal, Previdenciário e da Propriedade Industrial. Os outros membros são Abel Gomes e o juiz federal convocado Vlamir Costa, que está cobrindo as férias do desembargador Paulo Espírito Santo.

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Os recursos de Temer foram enviados ao desembargador Ivan Athié, segundo o TRF-2, porque o caso tem conexão com a Operação Prypiat, da qual ele já era relator. Ele poderia ter decidido monocraticamente sobre o caso ainda nesta sexta-feira (22), mas preferiu incluído na pauta do colegiado da próxima quarta-feira.

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