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Colégio demite professor após vídeo com crítica a Bolsonaro viralizar

Colégio demite professor após vídeo com crítica a Bolsonaro viralizar

O vídeo viralizou nas redes sociais e foi publicado na página Escola Sem Partido, no Facebook

Publicado em 19 de abril de 2019 às 11:29

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(Reprodução/Facebook Escola Sem Partido)

Um professor de geografia do ensino médio do Colégio Poliedro de São José dos Campos foi demitido na quarta-feira (17) após ser filmado criticando o presidente Jair Bolsonaro durante uma aula.

O vídeo viralizou nas redes sociais e foi publicado na página Escola Sem Partido, no Facebook.

"Estamos vivendo um momento em que colocaram um imbecil lá que quer que preto, pobre, mulher, gay e transexual se ferre", disse o professor em um trecho do vídeo.

Segundo relatos, o docente foi questionado por alunos sobre a situação política no Brasil, disse que essa era sua opinião pessoal e teria se colocado aberto para o debate.

A direção do colégio diz que as orientações dadas aos docentes "incluem usar uma linguagem adequada ao ambiente acadêmico e indicações explícitas sobre o não posicionamento político-partidário ou ideológico que possam provocar qualquer compreensão equivocada sobre aquilo que é conteúdo programático da disciplina e aquilo que é opinião do professor".

"Em virtude dos pontos mencionados, o docente foi desligado da instituição. Independentemente do posicionamento pessoal do professor, o que buscamos foi nos manter dentro dos princípios e valores da instituição", completa a direção.

A instituição também reforça que é proibido que alunos gravem ou filmem aulas sem a autorização do professor e que não aprova "qualquer atitude que possa coibir a atividade docente em suas diferentes dimensões".

O Poliedro diz que o estudante responsável pela gravação também recebeu uma punição.

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Segundo um funcionário que pediu para não ser identificado, o corpo docente da escola tem sido alvo de ataques por pais de alunos desde as eleições de 2018. Ele conta que, agora, com a divulgação do vídeo, a escola sofreu "fortes pressões" e pedidos "pela cabeça do professor".

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