A comissão executiva do MDB de Vitória, por seis votos a dois, decidiu, nesta segunda-feira (29), indeferir a chapa encabeçada pelo deputado estadual José Esmeraldo para a eleição do diretório municipal, marcada para o próximo sábado (04). O grupo tem três dias para apresentar recurso.
O conflito pode ter repercussão na Justiça. É que das 11 irregularidades identificadas na chapa inscrita, uma delas fala em "fraude na apresentação de documento e falsidade ideológica". Um dos 60 integrantes da chapa teria sido colocado sem consentimento e tido assinatura forjada.
Ao constatar o indício de crime, a equipe jurídica do MDB recomendou à cúpula do partido providências internas e na Justiça.
"Havia diferença entre o nome que encabeçava o pedido e a assinatura. Fizemos diligências e a pessoa declarou, por escrito, que não tinha assinado declaração alguma nem consentido com a inscrição", afirmou o advogado Sirlei de Almeida, responsável pela análise das chapas.
Para Esmeraldo, estão querendo "ganhar no tapetão". Ele pretende recorrer. Caso o recurso não seja aceito na instância municipal, o grupo dele vai à estadual. Caso a chapa permaneça barrada, também deve procurar a Justiça.
"Entrei (na disputa) a pedido de muita gente. O MDB está em baixa, não tem nem vereador em Vitória mais. Não sabia que os caras eram tão diabólicos assim. Não estão deixando nem a gente disputar. Esse Chico Donato (atual presidente na Capital) é perigoso, um câncer", disse.
MEMBRO NATO
Procurado, Donato evitou entrar em polêmicas e disse que, na condição de presidente, é, formalmente, "membro nato das duas chapas". Em caso de vitória da segunda, ele deve permanecer à frente do partido.
Esmeraldo diz que quem cometeu irregularidades, na verdade, foi o comando da legenda. Ele critica a realização da reunião em feriado e a convocação feita às pressas. A reunião realizada nesta segunda foi tensa.
O deputado diz ter entrado na disputa para ajudar o ex-deputado federal Marcelino Fraga a ser eleito presidente do MDB estadual. O aliado de Esmeraldo e futuro candidato a dirigente disse que a suposta fraude documental pode ter sido plantada pela cúpula do partido.
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