Durante audiência de instrução do processo referente ao assassinato do ex-governador Gerson Camata, os advogados de Marcos Venicio Moreira Andrade, réu confesso, pediram a revogação da prisão preventiva dele. Marquinhos, como é conhecido, está preso desde 26 de dezembro, dia do crime.
A promotora do Ministério Público Estadual (MPES) pediu vista dos autos para se manifestar acerca da solicitação. Os advogados argumentam que falta apenas uma testemunha a ser ouvida e que não se fazem mais presentes "os motivos que eventualmente sustentavam a decretação da prisão preventiva".
Nesta terça-feira (23), seis das oito testemunhas de defesa foram ouvidas. Os advogados abriram mão de outra, o dono da padaria frequentada por Camata e Andrade, localizada próximo ao local do crime, na Praia do Canto, Vitória. Outra passou por uma cirurgia e, a pedido dos advogados, a Justiça designou nova data para ouvi-la. Será no dia 30 de maio. Só depois dela o réu falará ao juiz.
Na segunda, foi a vez das testemunhas de acusação e da viúva do ex-governador, a ex-deputada federal Rita Camata.
Outro pedido da defesa foi acolhido pelo juiz Felipe Bertrand Sardenberg Moulin, da 1ª Vara Criminal de Vitória. O magistrado autorizou o ingresso de um médico particular no Centro de Detenção Provisória de Viana para submeter o acusado, de 66 anos, a um exame clínico.
CORREGEDORIA DA OAB
O juiz também determinou, a pedido dos advogados de Rita Camata, o envio de cópia do depoimento de uma das testemunhas de acusação, Joilson Batista Santos, à Corregedoria da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Espírito Santo (OAB/ES).
O depoente disse ao juiz ter sido procurado por um antigo advogado de Marcos Andrade com um pedido para que mudasse sua versão sobre o fato.
Antes dele, outra testemunha, o deputado estadual Danilo Bahiense (PSL), também falou sobre a investida do advogado sobre Joilson. O profissional não faz parte do atual grupo de defensores de Marquinhos.
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