Exonerado nesta quinta-feira (04) do cargo de assessor especial do Ministério da Educação, Bruno Garschagen afirma que a saída do ministério foi "acordada" e, portanto, consensual, sem atritos. Ele, que é natural de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, afimou, no Twitter, que deixa a função para dar seguimento a projetos pessoais, como a conclusão de um doutorado e o lançamento de um livro.
Garschagen é formado em Direito, mestre em Ciências Políticas e autor do livro "Pare de acreditar no governo". No MEC, era responsável pela comunicação e contato com a imprensa, assessor especial do ministro Ricardo Vélez Rodríguez.
Mesmo deixando a função apenas dois meses após assumi-la, ele afirma que sua relação de amizade com o ministro está mantida. A exoneração, aliás, foi assinada pela Casa Civil, que está sob o comando de Onyx Lorenzoni.
Procurado pelo Gazeta Online, Garschagen preferiu não comentar a saída do MEC ou as polêmicas que envolvem a pasta, incluindo demissões em série, disputas ideológicas internas e a paralisação de programas de Educação em todo o país. No entanto, esclareceu alguns temas que giram em torno de seu nome.
SLOGAN
Ele nega, por exemplo, que tenha participado da decisão de mandar às escolas a carta do ministro Vélez Rodríguez com o slogan da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e com o pedido de que as crianças fosse filmadas cantando o hino nacional. "Minha função era produzir conteúdo e me comunicar com a imprensa", pontua.
OLAVO
Nos bastidores, afirma-se também que Bruno seria um dos seguidores e, portanto, partidário do filósofo Olavo de Carvalho, apontado como o "guru" de Bolsonaro e que vem influenciando o processo de tomada de decisões dentro do MEC. "Não há nada disso. Eu sou amigo de Olavo e da família dele. Juntaram o fato de eu ser amigo dele e de ter feito um agradecimento a ele em meu livro para dizer isso", explica.
Nos próximos dias, Garschagen pretende descansar no Espírito Santo, já que a rotina de trabalho no MEC era intensa. "Trabalhávamos 12 horas por dia", disse. Seus planos para o futuro e possíveis projetos ainda serão avaliados.
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