O Hamas, movimento palestino que controla a Faixa de Gaza, condenou nesta segunda-feira (1º), a visita do presidente Jair Bolsonaro a Israel. Em nota, o grupo afirmou que a visita não apenas contradiz a histórica atitude do povo brasileiro de apoio à causa palestina, mas também viola leis internacionais.
Em particular, o Hamas denuncia a visita do presidente brasileiro à Cidade Sagrada de Jerusalém acompanhada do primeiro-ministro de Israel, diz o texto. O Hamas também condena os planos de abertura de um escritório de negócios do Brasil em Jerusalém.
Na nota, o grupo palestino, apontado como uma entidade terrorista por Estados Unidos e Israel, pede que o Brasil reverta sua política para a região e pede que a Liga árabe pressione o governo brasileiro para por fim ao apoio à ocupação israelense dos territórios palestinos.
Essa política não ajuda a estabilidade e a segurança da região e ameaça os laços do Brasil com países árabes e muçulmanos, conclui o texto.
Mais cedo, Bolsonaro visitou o Muro das Lamentações ao lado do premiê Binyamin Netanyahu. No muro, que é o lugar de culto mais importante para os judeus, Bolsonaro e Netanyahu fizeram uma oração e acenaram para a imprensa.
Instantes antes, o presidente brasileiro esteve na Basílica do Santo Sepulcro, o templo mais sagrado para o cristianismo. Os dois locais ficam na Cidade Velha de Jerusalém, em uma área cujo controle é disputado por israelenses e palestinos.
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