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Mais de 1 milhão de tweets contra STF após censura a revista

Mais de 1 milhão de tweets contra STF após censura a revista

Hashtags sobre o assunto foram negativas. Levantamento feito pela consultoria Bites

Publicado em 17 de abril de 2019 às 14:27

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Relatório da empresa Bites identificou 1.068.266 publicações negativas no Twitter em torno do STF (Supremo Tribunal Federal) depois de o ministro Alexandre de Moraes determinar à revista Crusoé e ao site Antagonista a retirada do ar da reportagem “O amigo do amigo de meu pai”.

Todas as 10 hashtags mais utilizadas em torno do assunto foram negativas. A líder, com 243.919 menções, foi a #DitaToga.

Os dados foram compilados a partir de segunda-feira (15), quando a revista foi notificada, até as 17h30 desta terça-feira (16).

Segundo o relatório, o volume de tweets negativos equivale a 8% do total produzido no Twitter sobre o STF nos últimos 12 meses.

Controvérsia envolvendo o inquérito que apura fake news contra o STF fez com a Corte fosse atacada nas redes sociais. (Carlos Moura/STF )

A Bites informa ainda que a decisão do STF uniu deputados e senadores de vários partidos em favor da revista e contra a retirada da reportagem do ar. Nas últimas 24 horas, os congressistas produziram 99 posts no Facebook, Twitter e Instagram contra o Supremo. Os posts geraram 240 mil compartilhamentos nas redes sociais.

Considerando o direcionamento dos posts dos usuários em relação ao presidente do STF, ministro Dias Toffoli, e ao ministro Alexandre de Moraes, o relatório apontou 1 certo equilíbrio entre os ataques ao Supremo. Alexandre de Moraes apareceu em 157.942 tweets e Dias Toffoli em 191.910.

Segundo a Bites, as últimas 24 horas no Twitter equivaleram a 7% (2,8 milhões de posts) do total de referências a Toffoli nos últimos 12 meses. No caso de Moraes, a exposição é mais expressiva. Os posts das últimas 24 horas representaram 36% do volume do último ano.

BUSCA NO GOOGLE PELA CRUSOÉ

O relatório também apontou o grau médio de interesse de buscas no Google no Brasil (a escala vai de 0 a 100) em torno do epicentro da crise. A revista Crusoé teve 1 nível de busca equivalente a 3,5.

Na 3ª feira, até as 15h30, o nível de busca era de 48,5. Cresceu 14 vezes na direção negativa para o Supremo.

A audiência do site da publicação estava em ascensão desde 6ª feira (12.abr), quando saiu a reportagem sobre Toffoli. O site alcançou 133 mil visitas contra 41 mil do dia 10 de abril, 2 dias antes da publicação sair.

COMPARTILHAMENTO DE MÍDIA

Segundo a Bites, entre as 300 notícias mais compartilhadas, de 2ª feira (15.abr.2019) até as 17h30 desta 3ª feira (16.abr.2019), da mídia tradicional, 41.450 artigos publicados, 63 tratam do STF com o total de 483 mil compartilhamentos no Facebook e Twitter.

REAÇÕES A OUTROS CASOS ENVOLVENDO O STF

A Bites informou ainda que nos últimos 12 meses o STF esteve no centro dos assuntos nas redes sociais em 3 momentos, mas em nenhum com tal repercussão negativa.

Um dos momentos foi quando, em outubro de 2018, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) disse que para fechar o STF “bastava 1 cabo e 1 soldado”. A reação no Twitter foi em defesa da instituição. Nas 24 horas após a crise, a rede havia produzido 222 mil posts sobre o tema.

Já o outro caso foi quando, em dezembro de 2018, o ministro Marco Aurélio determinou a liberação dos presos em 2ª Instância. Segundo Bites, a opinião se dividiu. Aliados do ex-presidente Lula elogiaram a medida e bolsonaristas criticaram. No intervalo semelhante ao analisado o STF foi citado em 429 mil posts.

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