O Disque 100 (Disque Direitos Humanos) terá um novo módulo voltado para os povos ciganos, anunciou nesta sexta-feira (24) a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, durante o evento Ciganos no Brasil: Diálogo e Construção, organizado pela Secretaria Nacional de Políticas de Promoção de Igualdade Racial (Seppir/MMFDH) e pelo Ministério Público Federal (MPF), em Brasília. Nesta sexta-feira é comemorado o Dia Nacional do Cigano.
A ministra disse que o Disque 100 é um instrumento importante para que o ministério fale diretamente com os ciganos. Segundo ela, nenhuma denúncia será ignorada e que o Disque 100 não ficará restrito ao telefone. O serviço também pode ser acessado por meio do aplicativo Proteja Brasil.
O Disque Direitos Humanos estará disponível também nas redes sociais. Será um grande canal para falarmos com os povos ciganos. Assim vamos entender o que está acontecendo e poderemos, enfim, dar respostas imediatas, disse Damares.
A ministra explicou que o trabalho do ministério é transversal. A Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente vai cuidar das crianças ciganas, acompanhando todas as demandas enviadas ao ministério. Estamos muito preocupados, também, com as crianças ciganas nas escolas. Sabemos que existe preconceito e vamos trabalhar nesse combate, disse.
Damares citou também o trabalho que deve ser feito para que as mulheres ciganas tenham acesso a saúde, direitos e justiça.
Não existem dados atuais sobre a comunidade cigana no Brasil. O último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é de 2014 e registrou a existência de acampamentos ciganos em 22 estados brasileiros. Naquele ano havia o registro da existência de povos das etnias Calon, Rom e Sinti.
Após 2014, os povos ciganos não apareceram nas pesquisas municipais do IBGE. A estimativa atual é que existam cerca de 1 milhão de ciganos no país.
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