Candidato derrotado do PT à Presidência da República em 2018, Fernando Haddad criticou, nesta quinta-feira (09), em Vitória, os cortes - ou contingenciamento - na área da Educação pelo governo Jair Bolsonaro (PSL).
"Todo mundo que conhece a história do Brasil sabe que a educação superior é um problema para a direita, para governos conservadores ou reacionários. Pode prestar atenção. A direita tem alergia à educação, sobretudo superior, porque é ali que a pessoa desenvolve um senso crítico sobre as coisas e ganha autonomia. A autonomia não combina com a extrema direita. A extrema direita tem dificuldade em formar pessoas autônomas, que pensam com a própria cabeça", afirmou Haddad.
Ele também foi ministro da Educação no governo Lula. O ex-presidente, aliás, foi defendido pelo correligionário no ato do qual Haddad participou, na Ufes. Para o ex-ministro, também ex-prefeito de São Paulo, não há provas contra Lula, condenado a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro e preso desde abril de 2018.
A JUSTIÇA TAMBÉM ERRA
Toda corrupção exige que seja dito o que a pessoa fez. Isso não está no processo. Haddad diz, ainda, que a recente decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) não foi propriamente um julgamento. Se recusou a discutir provas. Lamento contrariar uma decisão judicial. Mas a Justiça também erra, afirmou.
O próprio presidente Lula, momentos antes de ser preso pelo caso do triplex, disse não haver provas contra ele. Questionado sobre a condenação de Lula no Tribunal Regional Federal (TRF-4) e a manutenção da decisão no STJ, Haddad disparou: nada mudou desde que a sentença foi proferida, diz.
O ex-prefeito participa de um ato dentro da Ufes, no campus de Goiabeiras. Os participantes não ocupam pistas na Avenida Fernando Ferrari.
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