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No ES, 35 mil foram às ruas em defesa do governo Jair Bolsonaro

No ES, 35 mil foram às ruas em defesa do governo Jair Bolsonaro

Manifestantes defenderam projetos capitaneados pelo governo federal. Supremo Tribunal Federal e centrão foram alvos. Sobrou também para o governador Renato Casagrande

Publicado em 27 de maio de 2019 às 10:45

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Manifestação pró-Bolsonaro em Vitória. A Secretaria do Estado de Segurança Pública (Sesp), estimou cerca de 35 mil pessoas no movimento. (Marcelo Prest)

A manifestação em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) na Grande Vitória, neste domingo (26), reuniu 35 mil pessoas, segundo cálculo da Secretaria Estadual de Segurança Pública. Um dos grupos organizadores, o Vitória da Ética, estimou 50 mil na Praça do Papa, ao todo.

O foco do ato – que atravessou a Terceira Ponte, entre Vila Velha e Vitória – foi criticar o centrão do Congresso e, ainda, manifestar apoio aos principais projetos da gestão Bolsonaro. Entre eles, o pacote anticrime do ministro da Justiça, Sergio Moro, e a reforma da Previdência nos moldes da pretendida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

O centrão reúne partidos políticos sem orientação ideológica clara e considerados fisiológicos. Juntos, eles têm um número expressivo de congressistas. Esse grupo avalizou o impeachment de Dilma Rousseff (PT). Agora, para os bolsonaristas, o centrão age para prejudicar o governo por não ser atendido em solicitações espúrias.

Houve, em discursos e em entrevistas, elogio à maneira como Bolsonaro enfrenta a corrupção e as negociações inidôneas com congressistas. “Quero que acabem com a roubalheira. Estão engessando o homem, não deixam ele trabalhar. Impeachment por quê? Falam em impeachment porque ele quer acabar com acordos, com os acordos ruins, a política antiga”, opinou o empresário Eduardo Nunes, 44. Ele levou o filho, Luiz Gustavo, 4, ao protesto.

Concentração do protesto no bairro Praia da Costa, em Vila Velha. (GILSON BORBA/FUTURA PRESS)

SUPREMO

Embora os manifestantes tivessem agido para afastar o tema da pauta de reivindicações, houve diversas críticas ao Judiciário. O Supremo Tribunal Federal (STF) foi alvo, assim como a imprensa. Cartazes pediam “cadeia ao STF”, “fim do ativismo judicial”, “centrão na prisão” e “fora, ministros do STF”.

O governador Renato Casagrande (PSB) também foi criticado na Praça do Papa. Do carro de som principal, manifestantes puxaram um “Fora, Centroavante”, em referência ao apelido atribuído a Casagrande por delatores da empreiteira Odebrecht.

“Esse governador é esquerdista, tem pautas contra nós. Ficamos inertes e agora amargamos um governador com pautas esquerdistas. Ele apoia o centrão”, disse um dos manifestantes, no microfone.

Para Leonardo Campos, da organização do ato, Casagrande é próximo ao centrão. “O governo se posiciona de maneira próxima ao centrão. As pautas estão claras. Como ele discorda das pautas, o povo pode discordar da postura dele. A militância da direita não vai dar o conforto que ele acha que vai ter”, disse.

Procurado, o Palácio Anchieta não se manifestou.

FORÇA

Dois políticos do PSL discursaram na Praça do Papa. O deputado estadual Torino Marques e Carlos Manato, secretário especial para a Câmara Federal do governo Bolsonaro.

“(A manifestação) mostrou a força do governo, foi grande em várias cidades. Isso mostra a força do povo. Vi muitas pessoas criticando a saída do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) do Moro. Elas vão se mobilizar para bater em que for contra a reforma da Previdência”, avaliou Manato.

Esposa do secretário, a deputada federal Soraya Manato (PSL) também foi acolhida no trio elétrico.

Os deputados estaduais Danilo Bahiense (PSL) e Capitão Assumção (PSL) foram à Praça do Papa, mas não subiram no carro de som nem discursaram. O senador Marcos do Val (PPS) acompanhou o ato.

CACHOEIRO

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Uma carreata foi realizada em Cachoeiro de Itapemirim, organizada pelo Movimento Direita de Cachoeiro, em defesa da reforma da Previdência e da Operação Lava Jato. Manifestantes estimaram em dois mil os veículos participantes. A Secretaria de Estado de Segurança Pública não informou números.

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