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Operação cumpre mandado na casa da prefeita de Presidente Kennedy

Operação cumpre mandado na casa da prefeita de Presidente Kennedy

Integrantes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual, e policiais militares participam da ação

Publicado em 8 de maio de 2019 às 20:48

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Agente do Gaeco entra na casa da prefeita de Presidente Kennedy, Amanda Quinta, durante a Operação Rubi. (Geizy Gomes)

O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), com o apoio da Polícia Militar, deflagrou nesta terça-feira (07) a Operação Rubi. O objetivo é desarticular e colher provas relativas à atuação de uma organização criminosa constituída para lesar os cofres públicos dos municípios de Presidente Kennedy, Marataízes, Jaguaré e Piúma por possível direcionamento licitatório em favor de pessoas jurídicas contratadas, pagamento de vantagem indevida a agentes públicos e superfaturamento de contratos administrativos de prestação de serviço público.

A operação consiste, inicialmente, no cumprimento de cinco mandados de prisão temporária, cinco mandados de afastamento funcional de agentes públicos e 11 mandados de proibição de acesso às dependências de órgãos públicos.

Agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e policiais militares estão na casa da prefeita de Presidente Kennedy, Amanda Quinta (PSDB). Também são cumpridos mandados na sede da prefeitura. 

Procurada pela reportagem, a assessoria de comunicação da prefeitura de Presidente Kennedy informou que está acompanhando a operação do MPES e só vai se posicionar ao término da ação.

BUSCA E APREENSÃO

Também estão sendo cumpridos 25 mandados de busca e apreensão pelos agentes do Gaeco, sendo nove em Presidente Kennedy, cinco em Marataízes, dois em Jaguaré, um em Piúma, um em Cachoeiro de Itapemirim, um em Linhares, um em Jerônimo Monteiro, dois na Grande Vitória, e dois no Estado do Rio de Janeiro, emitidos pelo juízo da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo.

Residência de investigados e dependências de órgãos públicos e de empresas suspeitas de integrar o esquema são os alvos das ações.

A Prefeitura de Piúma informou que reúne documentos referentes à empresa que presta serviço de limpeza. "Aguardamos o desenrolar da investigação para maiores informações", diz a nota.

Já a Prefeitura de Jaguaré afirma ter recebido com surpresa a informação da operação. "Não houve nenhuma manifestação formal do MP ou cumprimento de mandado no município". A nota diz, ainda, que a prefeitura irá aguardar novas informações para se manifestar mais precisamento sobre o assunto. 

A Prefeitura de Marataízes foi demandada pela reportagem, mas, até o momento, não respondeu. 

PROPINA

As investigações colheram fortes indícios do envolvimento de agentes políticos e servidores municipais no recebimento de propina de empresários dos ramos de limpeza pública e transporte coletivo como contraprestação a benefícios financeiros em licitações e contratos e possível enriquecimento indevido dos envolvidos.

Ao todo, cinco membros do Ministério Público (um procurador de Justiça e quatro promotores de Justiça) coordenam os trabalhos, auxiliados por 22 agentes do Gaeco e por policiais militares. A partir da agora vão analisar documentos, computadores, dados e depoimentos de investigados e testemunhas que serão colhidos nas próximas semanas.

CRIMES

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Os crimes investigados estão previstos no Dec-Lei nº 201/67, na lei nº 12.850/13 (organização criminosa), lei nº 8.666/93 (fraude em licitações), Lei n. 9.613/98 (lavagem de dinheiro), além de corrupção ativa, passiva e falsidade documental.

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